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Lobectomia Pulmonar

O que é a Lobectomia Pulmonar?

A lobectomia é uma cirurgia na qual um dos lobos dos pulmões é removido. 

Os pulmões são divididos em segmentos chamados de lobos. O pulmão direito tem 3 lobos, enquanto o pulmão esquerdo tem 2 lobos. 

Um lobo pode ser removido para que a doença não se espalhe para os outros lobos. Este pode ser o caso, por exemplo, da tuberculose ou de certos tipos de câncer de pulmão.

lobectomia pulmonar

Qual quantidade de pulmão que pode ser retirada?

A lobectomia pode ser indicada em diferentes tipos de problemas pulmonares. Mas, para isso, é preciso que apenas uma parte do pulmão esteja acometida. Assim, o lobo afetado é removido e o tecido pulmonar saudável remanescente pode funcionar normalmente.

A quantidade máxima de pulmão que pode ser retirada é baseada no peso, idade e da função pulmonar.

Em geral, a quantidade máxima de pulmão que pode ser retirada é a quantidade que ainda preservará 35% a 40% de função pulmonar.

Quando uma quantidade maior de pulmão precisar ser retirada, a lobectomia não mais terá indicação. O transplante de pulmão tende a ser uma alternativa melhor nestes casos.

Quais doenças podem ser tratadas pela Lobectomia Pulmonar?

As principais doenças que podem ser tratadas por meio da lobectomia pulmonar incluem:

  • Tuberculose: infecção bacteriana crônica que muitas vezes acomete os pulmões;
  • Abscesso pulmonar: área de pus que pode se formar no pulmão, em decorrência de uma infecção bacteriana;
  • Infecção fúngica;
  • Enfisema pulmonar: doença habitualmente vista em fumantes. Ela é um dos componentes da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e provoca a destruição progressiva dos alvéolos pulmonares;
  • Tumor benigno: ainda que não sejam lesões agressivas, eles podem pressionar os grandes vasos sanguíneos e afetar a função de outros órgãos;
  • Câncer de pulmão: pode afetar as vias aéreas (brônquios), um ou mais lobos dos pulmões, o revestimento pleural ou outra parte do tecido pulmonar. Se não for tratada, pode se espalhar para outras partes do corpo.

Contra-indicações para a Lobectomia Pulmonar

Pacientes idosos ou fumantes inveterados podem não ser candidatos à lobectomia.

Isso porque, habitualmente, eles não possuem reserva fisiológica suficiente para suportar a cirurgia e a recuperação.

Técnica cirúrgica

A cirurgia é feita sob anestesia geral, com o paciente entubado.

A maior parte das cirurgias são feitas por meio da toracotomia, ou seja, com uma incisão aberta no tórax.

Um corte (incisão) será feito na frente do seu peito ao nível do lóbulo a ser removido. O corte passará por baixo do braço até as costas.

Quando as costelas puderem ser vistas, uma ferramenta especial será usada para separá-las, dando acesso ao pulmão.

Em seguida, o lobo pulmonar é removido.

Um ou mais drenos podem ser usados para remover o ar e o fluido após a cirurgia.

Por fim, a incisão é fechada com pontos de sutura ou grampos.

Em alguns casos, poderá ser considerada a cirurgia por toracoscopia (guiada por vídeo). Neste caso, são utilizados 3 ou 4 pequenos cortes em vez de 1 grande corte. A cirurgia robótica também pode ser considerada.

Recuperação pós-operatória

A maior parte dos pacientes permanece por 4 a 5 dias no hospital após a cirurgia.

O objetivo é estabilizar o paciente clinicamente e dar início ao processo de Reabilitação pulmonar, para que ele tenha um mínimo de independência ao retornar para casa. 

O paciente é instruído a se movimentar o máximo que puder enquanto estiver na cama e sair da cama e andar o mais rápido possível. 

Entretanto, pode levar alguns meses até que seja liberado a levantar pesos mais pesados.

Alguns pacientes precisam de oxigenioterapia nos primeiros dias pós-operatórios. Na maioria dos casos, o oxigênio é interrompido antes da alta hospitalar, mas algumas pessoas podem precisar ir para casa com oxigênio.

Além disso, são feitos os cuidados relativos ao dreno, usado para retirar ar e sangue do tórax após a cirurgia.

Função Pulmonar Pós Lobectomia

Após uma lobectomia, o pulmão retirado não mais se regenera. Desta forma, em teoria ela leva a uma perda permanente da função pulmonar.

Por outro lado, habitualmente o paciente não sente esta perda. A justificativa para isso é que, quando o paciente tem indicação para a lobectomia, esta parte do pulmão já não está mais funcionando.