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Laqueadura de Trompas

O que é a Laqueadura de Trompas?

A laqueadura de trompas, também conhecida como ligadura de trompas, é uma cirurgia de esterilização definitiva feminina. Ela consiste em cortar, amarrar ou colocar um anel nas trompas de Falópio. O procedimento interrompe a comunicação entre o ovário e o útero, o que impede que o esperma chegue até o óvulo e ocorra fecundação.

A laqueadura impede que um óvulo viaje dos ovários através das trompas de Falópio e bloqueia o esperma de viajar pelas trompas de Falópio até o óvulo. O procedimento não afeta seu ciclo menstrual.

A laqueadura tubária tem uma eficácia de cerca de 99 % (1). As falhas do procedimento estão relacionadas ao tipo de laqueadura realizada, estando principalmente relacionada com à laqueadura que envolve a colocação de anéis ou clipes na trompa.

Qual a indicação para a Laqueadura de trompas?

Antes de fazer uma Laqueadura de Trompas, é preciso ter certeza de que não se quer ter um filho no futuro. Embora a reversão da laqueadura possa ser possível em alguns casos, isso não é garantido. Assim, o procedimento deve ser considerado uma forma permanente de controle de natalidade masculino.

No Brasil, a esterilização cirúrgica (vasectomia ou laqueadura de trompas) está regulamentada por meio da Lei nº 9.263/1.996 que trata do planejamento familiar.

A lei estabelece no seu artigo 10º os critérios e as condições obrigatórias para a sua execução. De acordo com a referida Lei, somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações:

  1. Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico. Neste período será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce;
  2. Risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos. Isso inclui doenças cardíacas, renais ou pulmonares graves, pressão arterial muito alta ou diabetes grave, por exemplo.  
  • 1º É condição para que se realize a esterilização, o registro de expressa manifestação da vontade em documento escrito e firmado, após a informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes.
  • 2º É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores.
  • 3º Não será considerada a manifestação de vontade, na forma do § 1º, expressa durante ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente.
  • 4º A esterilização cirúrgica como método contraceptivo somente será executada através da laqueadura tubária, vasectomia ou de outro método cientificamente aceito, sendo vedada através da histerectomia e ooforectomia.
  • 5º Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges.
  • 6º A esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente poderá ocorrer mediante autorização judicial, regulamentada na forma da Lei.

Desvantagens da Laqueadura de trompas

Assim como no caso da Vasectomia, uma preocupação potencial com a Laqueadura de Trompas é que a paciente pode mudar de ideia mais tarde sobre querer ser mãe. A reversão da laqueadura, ainda que possível, tem baixo potencial de sucesso.

Outras técnicas também estão disponíveis para gerar um filho após a laqueadura de trompas, como a fertilização in vitro. No entanto, essas técnicas são caras e nem sempre eficazes. Assim, a decisão de se fazer uma vasectomia deve ser feita com muito cuidado. Na dúvida, outros métodos anticoncepcionais devem ser adotados ao invés da vasectomia.

Técnica cirúrgica

A Ligadura de trompas é habitualmente feito por laparoscopia (guiada por vídeos). Ela segue os seguintes passos:

  1. Um ou mais pequenos cortes são feitos próximo ao umbigo. Outra incisão poderá ser feita na parte inferior do abdômen;
  2. O abdome é inflado com gás, permitindo uma melhor visualização dentro do abdome;
  3. Um pequeno tubo com uma câmera na ponta, denominado de laparoscópio, é introduzido no abdome
  4. Instrumentos específicos são usados para cortar, amarrar ou prender as trompas de falópio;
  5. A pele é fechada com 1 ou 2 pontos.

Pós-operatório

Após a cirurgia, é comum que se tenha queixas como cólica, fadiga ou sangramento vaginal leve.

É comum que se tenha dores no ombro, em decorrência do gás usado no procedimento. Isso deve desaparecer em alguns dias.

A rotina do dia a dia é reassumida após poucos dias. As relações sexuais podem ser retomadas após uma semana.