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Intolerância Alimentar

O que é intolerância alimentar?

A intolerância alimentar é uma resposta do organismo à ingestão de determinados alimentos, em função de uma dificuldade no processo digestivo.

Quando o alimento não é adequadamente digerido e absorvido, ele chega ao intestino grosso onde sofre a ação fermentativa das bactérias da flora intestinal, podendo causar desconforto abdominal, flatulência e diarreia, entre outros sintomas.

A pessoa que sofre com intolerância alimentar geralmente sente os sintomas ao longo da primeira ou segunda hora após a ingestão do alimento ao qual é intolerante.

Qual a diferença entre Intolerância Alimentar e Alergia Alimentar?

A intolerância alimentar está relacionada à incapacidade ou a redução na capacidade de digestão de um determinado alimento. Já a alergia alimentar é uma doença autoimune, o que significa que o sistema de defesa do corpo identifica o alimento como um agente agressor e produz uma reação de defesa para combatê-lo, da mesma forma como ele reage quando temos uma infecção.

A alergia alimentar geralmente se manifesta ainda na infância, enquanto a intolerância alimentar costuma se desenvolver já na idade adulta. Além disso, a alergia provoca sintomas quase que de imediato após ingerir o alimento, enquanto a intolerância demora mais para aparecer os sintomas.

Ainda que os sintomas da intolerância Alimentar e da Alergia Alimentar possam ser parecidos, os alimentos que desencadeiam cada um dos problemas são diferentes e o tratamento também é diferente.

Qual a diferença entre Intolerância Alimentar e a Síndrome do Intestino Irritável?

A Intolerância Alimentar e a Síndrome do Intestino Irritável são problemas distintos, ainda que muitas vezes correlacionados.
A Síndrome do Intestino Irritável foi definida pelos Critérios de Roma – 4 como uma dor abdominal recorrente, em média, por pelo menos 1 dia por semana nos últimos 3 meses, associada a dois ou mais dos seguintes critérios:

  • A dor tem relação com à defecação
  • Associado a uma mudança na frequência das fezes
  • Associado a uma mudança na forma (aparência) das fezes.

A causa da Síndrome do Intestino Irritável não é bem definida, mas diversos fatores têm sido elencados ao problema, incluindo a motilidade dos músculos do intestino, a ação dos nervos do intestino, infecções intestinais previas e alterações na flora intestinal.

Nos pacientes com a Síndrome do Intestino Irritável, a dor pode ser desencadeada por fatores como o estresse e a alimentação, daí a relação com a intolerância alimentar. Uma das formas mais efetivas de tratamento inclusive é por meio de uma alimentação denominada de Dieta Low FODMAP, um acrônimo para Oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e poliois fermentáveis (Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides, and polyois).

Quais os sinais de alerta para outros problemas?

O diagnóstico da Intolerância alimentar é baseado principalmente na avaliação clínica com a observação de um alimento específico como causador dos sintomas e a melhora dos sintomas após a retirada ou redução deste alimento na dieta.

Assim, é preciso que se fique atento a outros sintomas que podem indicar um problema de maior gravidade e que precisa ser investigado, incluindo:

  • Sinais ou sintomas de sangramento gastrointestinal.
  • Anemia por deficiência de ferro inexplicada.
  • Perda de peso não intencional.
  • Massa abdominal palpável
  • História familiar de câncer de cólon
  • Início dos sintomas após os 50 anos 
  • Início súbito ou agudo de nova alteração do hábito intestinal.

Quais os tipos de intolerância alimentar mais comuns?

1.  Intolerância à lactose

A Intolerância à lactose é uma condição na qual a pessoa produz quantidade insuficiente da enzima Lactase no intestino delgado. Esta enzima é responsável por digerir a lactose, um tipo de carboidrato presente no leite. Queijos, Iogurte e outros produtos feitos com leite também podem desencadear os sintomas de intolerância.

2. Intolerância ao Glúten

A intolerância ao glúten está relacionada à incapacidade ou a redução na capacidade de digestão do glúten, uma proteína encontrada na farinha de trigo, cevada e centeio, bem como produtos industrializado feitos com estes ingredientes, como pão, torrada, bolacha, biscoito, bolos, macarrão, doces, pizza, salgadinhos e sanduiches;

3. Intolerância à Frutose

A frutose é um açúcar natural presente em diversas frutas e cereais, mas que também pode ser consumido na forma de açúcar adicionado em diversos produtos industrializados, como pães, sorvetes, bolos e refrigerantes.
A Intolerância à Frutose pode ser desenvolver tanto com a ingestão da frutose como com a ingestão da Sacarose (açúcar de mesa), do xarope de milho e do sorbitol, outros açúcares que contêm a Frutose em suas estruturas.

Quais alimentos podem gerar o problema?

  • Trigo, cevada e centeio: o glúten presente nesses alimentos tem bastante potencial de desencadear um processo de intolerância ou alergia
  • Alimentos de origem animal: como leite e derivados (lactose), peixes, mariscos, entre outros
  • Alimentos de origem vegetal: os mais comuns são tomates, morangos, nozes, bananas e couve e espinafre
  • Refrigerantes à base de cola, café e chocolate: a intolerância destes alimentos são fáceis de identificar, pois, provocam rapidamente sintomas como enxaqueca
  • Castanha e amendoim: o problema se dá em função das aflatoxinas, podendo resultar em alergias graves
  • Aditivos alimentares: conservantes e aromatizantes podem resultar em quadros de intolerância alimentar, por serem altamente industrializados

Quais os tipos de intolerância alimentar?

Você conferiu os alimentos que causam esse problema. Por isso os tipos de intolerância classificados estão abaixo:

 

  • Doença celíaca, reação ao consumo de glúten;
  • Alergia ao trigo;
  • Intolerância a lactose;
  • Sensibilidade aos aditivos alimentares;
  • Alergia ao leite, peixes, frutos do mar, ovos e oleaginosas.

Intolerância alimentar tem cura?

Não. O tratamento para a intolerância alimentar não garante a cura total do paciente. Porém, após a exclusão total do alimento causador da intolerância por, no mínimo, três meses, a sua reintrodução no cardápio pode ser testada.

Muitos pacientes respondem bem, podendo voltar a consumir o alimento (com moderação) sem que os sintomas da intolerância recomecem.

Por outro lado, se a tentativa não for positiva, é preciso manter o alimento fora da dieta, para sempre.

Peça ajuda a profissionais adequados para orientá-lo em relação a seus hábitos alimentares.