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Hipertrofia de Ventrículo Esquerdo

O que é a Hipertrofia de Ventrículo Esquerdo?

Hipertrofia do Ventrículo Esquerdo é um termo que se refere ao aumento do volume desta câmera cardíaca, responsável por impulsionar o sangue do coração para o restante do corpo.

Da mesma forma que um músculo do braço aumenta de volume como resposta ao exercício, o músculo do coração também cresce em decorrência de um esforço cronicamente aumentado.

Causas da hipertrofia de ventrículo esquerdo

As causas da Hipertrofia do ventrículo esquerdo podem ser divididas em três grupos:

Hipertrofia fisiológica

A hipertrofia do ventrículo esquerdo pode ser uma adaptação fisiológica frente a uma demanda prolongada. Isso acontece frequentemente em atletas. Esta condição deve ser considerada normal e nenhum tratamento se faz necessário.

Hipertrofia secundária a outros problemas cardiovasculares

um músculo cardíaco inicialmente saudável pode aumentar em decorrência de outros problemas cardiovasculares. Os principais motivos para isso são a Hipertensão Arterial ou as Doenças das válvulas cardíacas.

Ela está presente em 20% a 50% dos casos de hipertensão arterial leve a moderada e em até 90% dos casos de Hipertensão grave (1).

Hipertrofia devido à doença do músculo Cardíaco

Em alguns casos, a hipertrofia se desenvolve em decorrência de doenças estruturais do músculo cardíaco. A principal delas é a Cardiomiopatia Hipertrófica.

Sintomas da Hipertrofia do Ventrículo Esquerdo

O aumento da massa muscular em decorrência da atividade física é uma resposta fisiológica e não acompanha sintomas.

Entretanto, não é possível assumir que qualquer hipertrofia ventricular no atleta seja decorrente da atividade física. Isso porque condições como a Miocardiopatia Hipertrófica também acometem os atletas e precisam ser investigadas.

No caso da hipertrofia secundária à Hipertensão Arterial, ela também pode ser assintomática nos estágios iniciais. Entretanto, nos estágios mais avançados, a musculatura vai perdendo a função.

Quando a massa muscular do coração ficar muito espessa, a vascularização do músculo  pode ficar comprometida, bem como a capacidade deste músculo de se distender. O coração, desta forma, torna-se menos eficiente.

O comprometimento da vascularização pode provocar a isquemia ou até mesmo a morte celular, o que caracteriza o infarto.

Já a menor capacidade do músculo cardíaco de se distender pode comprometer o enchimento do coração, levando à Insuficiência Cardíaca. Assim, sintomas como fadiga, falta de ar, dor no peito, desmaio e palpitações podem se fazer presentes.

Diagnóstico da Hipertrofia do Ventrículo Esquerdo

O eletrocardiograma de repouso, completo de 12 derivações, tem capacidade de identificar alterações sugestivas da hipertrofia do ventrículo esquerdo em 95% dos casos (2). Assim, ele pode ser usado como teste de triagem para determinar quem deve ser submetido a exames adicionais.

O ecocardiograma é o principal método de diagnóstico de hipertrofia de ventrículo esquerdo.

A grande dificuldade está em um pequeno número de casos limítrofes na diferenciação entre a hipertrofia fisiológica do ventrículo esquerdo e a cardiomiopatia hipertrófica. Isso pode ser um desafio até mesmo para os Cardiologistas mais experientes.

Exames adicionais, como a ressonância magnética, podem ser indicados a depender do caso. Entretanto, em alguns casos, a única alternativa é afastar o paciente por algum período da atividade física e ver o que acontece com a espessura do músculo cardíaco.

Tratamento da Hipertrofia do Ventrículo Esquerdo

O tratamento da hipertrofia de ventrículo esquerdo se baseia no tratamento da causa da hipertrofia.

Nos casos fisiológicos, nenhum tratamento se faz necessário.

No caso da hipertrofia secundária, o tratamento é direcionado para a causa do problema, seja ela a Hipertensão arterial, uma doença valvar ou outro problema. Em alguns casos, a espessura da parede possa regredir para os valores normais.

Como a hipertrofia, por si só, pode ser a causadora de complicações, o tratamento também poderá ser direcionado a elas.