Hemodiálise

Hemodiálise é um procedimento no qual o sangue é filtrado por uma máquina, sendo indicada no paciente com insuficiência renal avançada.

Desta forma, o procedimento elimina resíduos prejudiciais à saúde que normalmente seriam eliminados na urina através do processo de filtração nos rins.

A hemodiálise ajuda a controlar os sintomas da Insuficiência renal e a evitar complicações como a Hipertensão Arterial e o acúmulo de líquidos corporais.

Pacientes com insuficiência renal aguda, podem precisar de diálise por apenas alguns dias ou semanas, enquanto seus rins se recuperam.

Pacientes com insuficiência renal crônica ou aqueles com insuficiência renal aguda que não mais se recuperam podem precisar de diálise por toda a vida, ou precisarão de um transplante renal.

A hemodiálise está indicada para pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica graves, nos quais 15% ou menos da função renal está preservada.

As sessões de hemodiálise são realizadas geralmente em clínicas especializadas ou hospitais.

Durante cada sessão, o sangue é removido por meio de um acesso vascular e passa por um filtro dialisador. Neste filtro, o sangue é exposto a uma solução de diálise, chamada de dialisato. Ele passa então por uma membrana semipermeável que retira o líquido e as toxinas em excesso e devolve o sangue limpo para o paciente através do acesso vascular.

Cada sessão de hemodiálise dura ao redor de três a cinco horas, devendo ser realizada em dois a quatro dias da semana. Em alguns casos, ela pode precisar ser feita diariamente.

O paciente deve ser acompanhado por meio de exames de sangue e acompanhamento mensal com o nefrologista, para que eventuais ajustes na hemodiálise possam ser feitos.

A hemodiálise tem potencial para trazer enormes benefícios para o paciente com doença renal crônica.

No entanto, outros cuidados continuam sendo necessários, especialmente em relação à alimentação.

O ponto de partida é a restrição na ingestão de sal e sódio. Além disso, a ingestão de proteínas, gordura saturadas e gordura trans também deve ser controlada.

A quantidade de líquidos ou de alimentos que pode ser ingerida varia de pessoa para pessoa e depende do estado nutricional do paciente, da função renal ainda presente e de outras condições relacionadas ã insuficiência renal, especialmente o diabetes.

Apesar da clara percepção na melhora de qualidade de vida do paciente em diálise, é inegável que o impacto social do tratamento é grande, tanto para a rotina profissional daqueles que ainda trabalham como da vida social.

Para minimizar este impacto, uma possibilidade que o paciente tem é a hemodiálise em trânsito.

Caso o paciente precise viajar, a clínica do paciente entra em contato com as clínicas do local de destino, tanto no Brasil como no exterior. As informações são passadas desta forma, para que o paciente possa manter o tratamento ainda que longe de sua cidade de residência.

Para realizar a hemodiálise em trânsito, é importante que este contato seja feito de forma antecipada, para verificar a disponibilidade e custos do tratamento no local de destino e para que a clínica esteja preparada para receber o paciente.

O prognóstico do paciente em diálise depende de diferentes fatores, incluindo a doença de base que causou a insuficiência renal, idade e do grau de comprometimento da função renal.

Em média, a mortalidade anual global em pacientes dependentes de hemodiálise é de cerca de 16%. No entanto, esta mortalidade é maior em diabéticos e menor em pacientes com glomerulonefrite.

As principais causas de morte nestes pacientes são as doenças cardiovasculares, seguida por infecção.

A complicação mais comum da diálise é a Hipotensão Arterial, decorrente da rápida remoção de grandes volumes de líquido.
Outros sintomas que podem estar presentes após as sessões de diálise incluem:

• Síndrome das pernas inquietas;
• Cólicas;
• Prurido;
• Náuseas e vômitos;
• Cefaleia;
• Dor torácica e lombar.