Glioblastoma
O que é o glioblastoma?
O glioblastoma, também conhecido como glioblastoma multiforme, é um tipo agressivo de câncer que pode ocorrer no cérebro ou na medula espinhal.
Ele tem origem nos astrócitos, as células gliais mais abundantes do Sistema Nervoso Central. Assim, ele é também referido como um tipo de Glioma.
O glioblastoma é representa aproximadamente 60% a 70% de todos os gliomas.
Os astrócitos dão suporte mecânico aos neurônios, além de terem outras funções fundamentais ao funcionamento do cérebro humano. Entre estas funções, incluem-se:
- Formação da barreira hematoencefálica
- Controle do metabolismo neuronal
- Isolamento elétrico
- Regulação dos neurotransmissores
- Cicatrização e regeneração
Quais são os sinais e sintomas do glioblastoma?
Os sintomas do glioblastoma estão relacionados não ao próprio tumor, mas sim à compressão de estruturas próximas.
Eles variam de acordo com a localização do tumor. Entretanto, os mais comuns incluem:
- Dor de cabeça
- convulsões
- mudanças de personalidade
- Fraqueza nos braços, rosto ou pernas
- Dormência
- Problemas com a fala
- Náusea e vômitos
- Perda de visão
- Tontura
Diagnóstico de glioblastoma
O diagnóstico de glioma deve ser considerado juntamente com outros problemas e tumores que afetam o cérebro, a partir da identificação de sintomas neurológicos.
Alguns sinais e sintomas que devem levar à investigação para problemas cerebrais incluem problemas de visão, audição, fala, força, sensação, equilíbrio, coordenação, reflexos e capacidade de pensar e lembrar.
A partir destes sintomas, o exame mais usado para avaliar o cérebro é a Ressonância Magnética.
Quando possível, a confirmação do diagnóstico de glioblastoma é feita por meio da biópsia ou por meio da remoção do tumor, seguido de avaliação microscópica do tecido removido.
Em alguns casos, a localização do tumor impede a realização da biópsia ou da remoção do tumor. Nestes casos, o tratamento pode ser iniciado apenas com base nos outros exames disponíveis.
Tratamento de glioblastoma
O tratamento do glioblastoma é feito pelo neurocirurgião. Ele deve levar em consideração fatores como a localização do tumor, sintomas, grau do tumor e benefícios potenciais versus riscos das diferentes opções de tratamento.
Dependendo do caso, o tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou observação.
Sempre que tecnicamente viável, a remoção cirúrgica deve ser o tratamento inicial de escolha. Entretanto, na maior parte das vezes a remoção completa não é possível, já que o tecido tumoral cresce em meio ao tecido cerebral normal.
A radioterapia é geralmente recomendada após a cirurgia e pode ser combinada com a quimioterapia. Para pessoas nas quais a cirurgia não é uma opção, a radioterapia e a quimioterapia podem ser usadas como tratamento primário.
Prognóstico do glioblastoma
O glioblastoma é um tipo agressivo de tumor cerebral. A expectativa de vida em 5 anos é de 22% para pacientes entre 20 e 44 anos, 9% para pacientes entre 45 e 54 anos e de 6% para aqueles entre 55 a 64 anos de vida (1).
Devido à curta expectativa de vida, os sobreviventes de glioblastoma de longo prazo são definidos como aqueles que vivem mais de dois anos após o diagnóstico. Sobreviventes extremos, vivendo 10 anos ou mais após o diagnóstico, compreendem menos de 1% de todos os pacientes (2).