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Fibrilação Ventricular

O que é a Fibrilação Ventricular?

Fibrilação Ventricular é um tipo de arritmia no qual os ventrículos se contraem de forma rápida e desordenada. O músculo cardíaco passa a vibrar (fibrilar), ao invés de se contrair, de forma que ele não é mais capaz de bombear o sangue para o restante do corpo.

O coração em fibrilação ventricular não funciona, de forma que esta é considerada uma forma de parada cardíaca. Ela causa perda de consciência em poucos segundos e morte em seguida, se o problema não for rapidamente tratado.

O que causa a Fibrilação Ventricular?

A fibrilação ventricular é mais comum durante ou logo após um Infarto Agudo do Miocárdio.

Outras doenças que comprometem o coração também podem dar origem à fibrilação ventricular, especialmente a Doença Arterial Coronariana.

Em todas estas condições, quanto maior o comprometimento do músculo cardíaco, maior o risco.

Diagnóstico da Fibrilação Ventricular

O diagnóstico deve ser considerado em todo paciente com parada cardíaca. Já a parada cardíaca deve ser suspeitada nas seguintes condições:

  • Quando uma pessoa desmaia subitamente;
  • Ela torna-se pálida e para de respirar;
  • Ela  não apresenta pulso, pressão arterial ou batimentos cardíacos detectáveis.

Frente a um paciente em parada cardíaca, o diagnóstico da fibrilação ventricular é confirmado por meio monitoramento cardíaco. Alguns fazem isso automaticamente.

Tratamento da Fibrilação Ventricular

O tratamento deve ser dividido em dois estágios:

  • O primeiro é o paciente que está em parada cardíaca. Ele precisa ser submetido a reanimação cardiorrespiratória e a reversão imediata do ritmo cardíaco;
  • O segundo é após  recuperação da arritmia. O objetivo é reduzir as chances de desenvolver novos episódios de Fibrilação Ventricular no futuro e minimizar as consequências caso esta venha a acontecer.

Tratamento imediato

A massagem cardíaca deve ser iniciada de imediato frente a um paciente em parada cardíaca. Uma vez identificada a fibrilação ventricular, o choque deve ser feito tão logo um desfibrilador esteja disponível.

O índice de sucesso para desfibrilação é de cerca de 95% quando feita em até três minutos após a parada cardíaca e quando o paciente não apresenta insuficiência cardíaca prévia (1).

O prognóstico é bem mais reservado em pacientes com insuficiência cardíaca de base. Neste caso, o índice de sucesso é de apenas 30%, mesmo que a desfibrilação tenha sido feita nos primeiros três minutos de parada cardíaca.

Tratamento de longo prazo

Medicações antiarritmicas podem ser iniciadas tão logo a arritmia tenha sido revertida. O objetivo com isso é evitar novos episódios de Fibrilação Ventricular.

Pessoas  reanimadas com êxito e que sobrevivem têm um alto risco de ter outro episódio semelhante. Este risco é maior para pessoas com maior comprometimento do músculo cardíaco e insuficiência cardíaca (2).

Assim, pacientes de alto risco podem se beneficiar da implantação de um cardioversor desfibrilador implantável (CDI). Este é um pequeno aparelho instalado sob a pele, logo abaixo da clavícula esquerda. Ele é capaz de detectar uma arritmia e descarregar um choque automaticamente para corrigi-la.

O CDI é parecido com um Marcapasso Cardíaco. Ele é do tamanho de um relógio de bolso e pesa cerca de 70 gramas. Possui um computador, uma bateria, uma caixa de titânio e alguns eletrodos.

A partir do CDI partem alguns fios muito finos, com eletrodos que chegam ao coração através das veias e que alimentam o aparelho com informações sobre o ritmo cardíaco. Através destes eletrodos, o desfibrilador aplica descargas elétricas sempre que um episódio de Fibrilação Ventricular é identificado.

Uma vez controlada a arritmia, é importante também que o paciente adote um estilo de vida mais saudável. Isso é importante para o controle das doenças cardíacas de base e dos fatores de risco cardiovascular.

Melhora do padrão alimentar, prática regular de exercícios físicos, abandono do tabagismo e controle do peso são algumas das medidas que ajudarão no controle da evolução da doença.

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