Farinhas para diabéticos
Farinha para diabéticos é um produto que precisa ser pobre em carboidratos para que a taxa de açúcar no sangue desse grupo de pessoas não fique alterada.
Elas substituem principalmente a farinha de trigo, que é a mais utilizada em diversos preparos da nossa cultura alimentar.
São farinhas de índice glicêmico mais baixo e por isso não alteram de forma brusca a glicose (açúcar) do sangue.
Esse tipo de farinha não é tão comum na cultura alimentar do nosso país quando comparamos com outras farinhas.
A seguir, listamos as principais farinhas que podem ser incluídas nas diversas receitas para quem é diabético:
1. Farinha de oleaginosas
A farinha de oleaginosas é um ingrediente versátil e bastante nutritivo que tem ganhado popularidade na culinária saudável nos últimos tempos.
Ela é feita a partir da moagem de diferentes tipos de oleaginosas, como amêndoas, castanhas de caju, castanha do Pará, nozes, avelãs, pistache e macadâmia.
Cada uma dessas oleaginosas oferece seu sabor único, assim como benefícios nutricionais, tornando a farinha de oleaginosas uma opção interessante para diversas receitas, incluindo as receitas para diabéticos.
Uma das principais vantagens da farinha de oleaginosas é o seu perfil nutricional. Ela é naturalmente rica em vários nutrientes, como as gorduras saudáveis, proteínas, fibras, vitaminas e minerais.
Além disso, ela contém uma menor quantidade de carboidratos e também é de baixo índice glicêmico. Essas características, aliadas à alta quantidade de fibras, é o que favorece o controle glicêmico e proporciona energia para o organismo de forma mais gradual.
Por ter muita versatilidade na cozinha, a farinha de oleaginosas pode ser usada como substituto da farinha de trigo e de outras farinhas em diversas receitas.
É possível utilizá-la no preparo de bolos, biscoitos, muffins, panquecas, pães, tortas e muitas outras preparações. Ela confere às receitas sabor e textura, além dos benefícios nutricionais e o controle glicêmico tão desejado pelos diabéticos.
A farinha de oleaginosa mais utilizada é a de amêndoas, por ser a mais versátil e de sabor mais neutro. Porém, é uma das mais caras.
Além das receitas já citadas, a farinha de amêndoas pode ser utilizada como espessante para molhos e cremes, ou como cobertura crocante em pratos assados.
Ao utilizar a farinha de oleaginosas em receitas, é importante considerar algumas particularidades. Devido ao teor de gordura presente nas oleaginosas, sua farinha tende a ser mais densa e úmida do que a de trigo, por exemplo.
Portanto, é comum que seja necessário ajustar as quantidades de líquidos e outros ingredientes para se obter a consistência desejada da receita.
Existem diversas receitas que podem ser encontradas que já incluem a farinha de oleaginosas em quantidades ajustadas, assim como os demais ingredientes e, dependendo da receita, algumas podem precisar da adição de outros tipos de farinhas.
Além disso, é importante fazer o ramazenamento de forma correta para preservar sua frescura e evitar a oxidação dos óleos presentes nas oleaginosas. Por isso, recomenda-se guardar em recipientes herméticos, em local fresco e seco.
Essas farinhas podem ser adquiridas ou preparadas em casa. Se forem adquiridas, é importante saber qual a procedência para comprar farinhas originais.
Porém, preparar farinhas em casa é mais econômico e garante um produto mais integral, seguro e nutritivo.
2. Farinha de sementes
A farinha de sementes também é indicada para as pessoas diabéticas por ser fonte de fibras e pobre em carboidratos. Algumas delas que podem ser utilizadas são a de chia, linhaça, gergelim, abóbora, girassol, entre outras.
Podem ser usadas para o preparo de várias receitas, como pães, bolos, tortas, panquecas, biscoitos, cookies, shakes, vitaminas, sucos, entre outras. Também podem ser consumidas com frutas picadas.
As farinhas de sementes geralmente são usadas associadas com outras, mas, dependendo da receita, podem ser usadas de forma isolada.
Algumas dessas farinhas de sementes podem deixar um sabor residual, como é o caso da farinha de linhaça, por isso, é bom ter um maior cuidado ao utilizá-la e saber como usá-la da forma certa.
3. Farinha de amendoim
A farinha de amendoim é uma excelente opção para os diabéticos que desejam controlar seus níveis de açúcar no sangue enquanto desfrutam de uma alimentação saudável e saborosa.
Ela é feita a partir da moagem dos amendoins, podendo ser tanto o cru quanto o torrado, e possui um baixo índice glicêmico, o que significa que também não causa um rápido aumento nos níveis de glicose no sangue após ser consumida.
Isso se dá pelo fato de essa farinha ter um baixo teor de carboidratos e pelo seu alto teor de fibras, características estas que tornam essa farinha ótima para quem é diabético.
São várias as receitas para diabéticos que podem ser feitas utilizando a farinha de amendoim.
Alguns exemplos são: bolos, muffins, cookies, panquecas, waffles, pães, tortas salgadas, sobremesas, entre outras. Nestas receitas, a farinha de amendoim pode ser um substituto parcial ou total da farinha de trigo.
Outra forma de utilizar a farinha de amendoim é na forma de revestimentos e empanados. Ela pode ser usada para revestir alimentos antes de fritar ou assar, proporcionando uma crosta crocante e saborosa. Um exemplo de alimento que pode ser empanado com farinha de amendoim é o frango.
Como a farinha de amendoim possui características diferentes da de trigo, é importante consultar receitas específicas que utilizam essa farinha, pois ao substituir a farinha de trigo ou outras não permitidas na alimentação do diabético, pode ser que haja necessidade de realizar ajustes na proporção dos ingredientes.
4. Farinha de coco
A farinha de coco é um tipo de farinha que também pode ser incluída na alimentação das pessoas diabéticas.
Ela é produzida a partir da polpa do coco seco, que é seca e moída até obter uma consistência fina e leve. Pode ser adquirida ou preparada em casa.
Destaca-se por conter uma alta quantidade de gorduras saudáveis, principalmente as gorduras de cadeia média (AGCM), como o ácido láurico. Além disso, se destaca, também, por ser fonte de fibras, de vitaminas e de minerais.
A farinha de coco é indicada para diabéticos por ser de baixo teor de carboidrato e, por isso, é de baixo índice glicêmico.
Isso significa que ela é digerida mais lentamente pelo organismo, evitando picos de açúcar no sangue e ajudando a manter os níveis de glicose mais estáveis.
Essa característica da farinha de coco, assim como as outras já citadas, faz com que ela seja indicada não apenas para quem é diabético, mas também para quem é pré-diabético ou para quem apresenta resistência à ação do hormônio insulina, pois todos esses grupos possuem restrição em relação ao consumo de carboidratos.
Isso a torna uma alternativa saudável e segura para quem é diabético e para os outros grupos citados a fim de substituir a farinha de trigo e as outras proibidas para os diabéticos em diversas receitas, como bolos, pães, biscoitos, panquecas, entre outras.
Mesmo sendo bastante saudável e indicada para o controle glicêmico, a farinha de coco não é das mais versáteis do ponto de vista culinário. Por esse motivo, nem sempre é a primeira opção quando se fala em farinhas para diabéticos.
Geralmente é utilizada em conjunto com outras farinhas, como uma forma de complemento da receita, porém, dependendo da receita, também pode ser usada de forma isolada.
Mesmo sendo uma alternativa muito saudável, é preciso ter cuidado com o consumo da farinha de coco, pois como é fonte de gorduras, seu consumo acima do recomendado pode contribuir para o ganho de peso, assim como o consumo exagerado de farinha de oleaginosas.
5. Farinha de banana verde
A farinha de banana verde é outra opção que os diabéticos podem usar em diversas receitas.
Ela é feita a partir da casca e da polpa da banana verde, que são desidratadas e moídas, resultando em uma farinha com características únicas.
É uma farinha rica em fibras e tem menor quantidade de carboidratos quando comparada à banana madura.
Além disso, é fonte de amido resistente, um tipo de carboidrato não digerível que passa pelo intestino delgado sem ser quebrado, chegando intacto ao intestino grosso.
O amido resistente serve como alimento para as bactérias benéficas do intestino, promovendo a saúde intestinal, mas também pode ajudar no controle da glicemia, pois já que como é absorvido de forma mais lenta pelo organismo, ajuda a manter o nível glicêmico estável.
A farinha de banana verde pode ser encontrada pronta para comprar ou pode ser feita em casa.
Pode-se utilizá-la em sucos, vitaminas, iogurtes, sopas, molhos, massas de pães, bolos e biscoitos e outras refceitas, conferindo uma textura mais densa e nutritiva para as preparações.
É importante lembrar que a farinha de banana verde possui um sabor levemente adocicado e pode alterar o resultado final das receitas em termos de textura. Por isso, é recomendado experimentar e ajustar as quantidades ao utilizá-la pela primeira vez em uma receita.
Em receitas de massas, como o macarrão, é indicado misturar a farinha de banana verde com goma xantana e goma guar para que a massa tenha a elasticidade conferida originalmente pelo glúten da farinha de trigo.
6. Farinha de berinjela
A farinha de berijela é mais uma da lista que os diabéticos podem consumir. Ela é feita a partir da berinjela desidratada e moída, resultando em um produto fino e leve, sendo adquirida ou feita em casa.
Possui baixa quantidade de carboidratos e é fonte de fibras solúveis, um tipo de fibra que tem a capacidade de retardar a digestão e a absorção de carboidratos, evitando picos repentinos de açúcar no sangue após as refeições.
Pode ser utilizada de diversas maneiras, conferindo ótima textura e sabor às preparações, como massas de pães, bolos, biscoitos, panquecas, entre outras.
Também pode ser adicionada a smoothies, iogurtes, sucos e vitaminas ou polvilhada sobre cereais, saladas e legumes cozidos. Outra forma de uso é como espessante em molhos e sopas ou como cobertura crocante em pratos assados.
Dependendo da receita, a farinha de berinjela pode ser usada isoladamente ou em conjunto com outras farinhas.
7. Farinha de maracujá
A farinha de maracujá é uma ótima opção para o preparo de receitas para diabéticos por também ser fonte de fibras solúveis, como a pectina, e por ter baixa quantidade de carboidratos.
Ela é feita a partir da casca e das sementes do maracujá, que são desidratadas e moídas, resultando em um pó fino e aromático. Pode ser comprada ou feita de forma caseira.
Em receitas para diabéticos, a farinha de maracujá pode ser utilizada adicionada a sucos, vitaminas, iogurtes, cereais, smoothies ou polvilhada sobre frutas frescas.
Outras formas de uso é incorporando-a em receitas de bolos, biscoitos, panquecas e pães, conferindo um sabor cítrico e aromático às preparações.
Apesar da sua grande variedade de uso, a farinha de maracujá não é utilizada isoladamente para o preparo de algumas receitas, como pães e bolos, por exemplo. Nesse caso, ela é misturada com outras farinhas para que a receita tenha a estrutura necessária.
Portanto, existe uma variedade de farinhas que podem ser utilizadas em muitas receitas permitidas para quem é diabético. Umas são mais acessíveis e outras menos, mas as opções não faltam para que os diabéticos tenham uma alimentação variada e segura a fim de manter os níveis glicêmicos controlados.