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Esclerose Múltipla

O que é a Esclerose Múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que acomete o sistema Nervoso Central.

Nesta doença, o sistema imunológico ataca a bainha de mielina, que é uma camada responsável pelo isolamento elétrico dos neurônios. Como o tempo, ela pode causar danos permanentes ou deterioração dos nervos.

Não existe cura para a Esclerose Múltipla. No entanto, o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas e a retardar a evolução da doença.

Esclerose Múltipla em crianças

A Esclerose múltipla é a doença neurológica que mais afeta jovens adultos no mundo, sendo que a idade média ao diagnóstico é de 30 anos.

A doença não é comum em crianças, sendo que menos de 5% dos casos ocorrem em pessoas com idade inferior aos 18 anos. No entanto, a doença é mais grave em crianças, com surtos mais intensos e mais frequentes.

Quais os sintomas da Esclerose Múltipla?

Os sinais e sintomas da Esclerose Múltipla variam bastante, a depender do grau de comprometimento dos nervos e de quais os nervos que estão comprometidos.

Algumas pessoas podem perder a capacidade de andar de forma independente, enquanto outras passam longos períodos de remissão sem novos sintomas.

Os principais sinais e sintomas da Esclerose Múltipla incluem:

  • Fraqueza, dormência ou formigamento nos membros.
  • Tremor, falta de coordenação ou marcha instável.
  • Dor nos membros.
  • Problemas de visão também são comuns, incluindo perda parcial ou total da visão, visão embaçada ou visão dupla prolongada.
  • Fala arrastada.
  • Fadiga.
  • Problemas com a função sexual, intestinal e da bexiga.

Qual a evolução esperada da Esclerose Múltipla?

A maior parte das pessoas com Esclerose Múltipla evolui com períodos de atividade seguidos por períodos de remitência da doença.
Par algumas pessoas, os períodos de remitência podem durar meses ou até anos. Com o tempo, porém, os sintomas tendem a ser mais intensos e mais frequentes.

Fatores de risco

Entre os fatores que aumentam o risco para a esclerose múltipla, incluem-se:

  • Idade: a esclerose múltipla geralmente se inicia entre os 20 e os 40 anos de idade.
  • Gênero: mulheres são duas a três vezes mais acometidas do que os homens.
  • Raça: pessoas de raça branca são mais acometidos do que negros e asiáticos.
  • Histórico familiar de Esclerose Múltipla.
  • Pacientes com outras doenças autoimunes, incluindo a Tireoidite de Hashimoto, Anemia Perniciosa, Psoríase, Diabetes tipo 1 ou doenças inflamatórias intestinais.
  • Certas infecções, especialmente a infecção pelo Vírus Epstein-Barr, que é o agente causador da mononucleose infecciosa.
  • Tabagismo
  • Baixos níveis de vitamina D e baixa exposição à luz solar.
  • Clima: a esclerose múltipla é muito mais comum em países com climas temperados, do que naqueles de clima mais quente.

Diagnóstico

Na maioria das pessoas com Esclerose Múltipla, o diagnóstico é bastante direto e baseado em um padrão de sintomas consistente com a doença.

Entretanto, não existem testes específicos para fazer a confirmação diagnóstica.

Para isso, é necessário excluir outras condições que tenham sinais e sintomas parecidos.

Um equívoco comum é que qualquer ataque de desmielinização do Sistema Nervoso Central seja visto como resultante de uma Esclerose Múltipla.

Exames como ressonância magnética, exame do líquor ou a avaliação do potencial evocado costumam mostrar alterações características da doença. Entretanto, estes achados também podem ser justificados por outras condições.

A gama de distúrbios que podem simular a Esclerose Múltipla é vasta e em alguns casos a incerteza pode ser extremamente difícil de resolver.

O diagnóstico diferencial deve ser considerado a partir da história clínica, exame neurológico e achados de exames.

Tratamento da Esclerose Múltipla

O tratamento da Esclerose Múltipla tem por objetivo acelerar a recuperação durante as crises, retardar a progressão da doença e controlar os sintomas.
Não existe cura para a esclerose múltipla. Entretanto, algumas pessoas têm sintomas tão leves que nenhum tratamento se faz necessário.

Tratamento das crises
Durante as crises de agudização da doença, o tratamento é iniciado com medicamentos corticoesteróides.
Quando o paciente não responde ao tratamento, pode ser a plasmaférese pode ser considerada. A plasmaférese envolve a remoção do plasma (porção líquida do sangue) e sua substituição por uma solução de albumina.

Tratamentos para modificar a progressão da doença
Diferentes medicamentos podem ser prescritos com o objetivo de modificar a progresssão da Esclerose Múltipla.
O interferon beta é um dos medicamentos mais utilizados para isso. Ele é capaz de regular a atividade do sistema imunológico, sendo assim classificado como um imunomodulador.
O Interferon Beta pode reduzir a frequência e a gravidade das recaídas.
Entretanto, ele tem potencial para causar dano hepático importante, de forma que a monitorização das enzimas hepáticas se faz necessária.
Além disso, algumas pessoas em uso de interferon beta podem desenvolver anticorpos neutralizantes, os quais podem reduzir a eficácia do medicamento.

Tratamento sintomático
O tratamento sintomático da Esclerose Múltipla pode incluir:

  • Fisioterapia, com o objetivo de minimizar a perda da função dos membros.
  • Auxílios para a mobilidade, podendo incluir órteses, mulets ou cadeiras de roda.
  • Relaxantes musculares
  • Medicamentos para tratar condições associadas, incluindo depressão, dor, disfunção sexual, insônia e problemas de controle da bexiga ou do intestino.

Qual o prognóstico da Esclerose Múltipla?

A Esclerose Múltipla raramente é fatal. Entretanto, alguns casos podem estar associadas a condições graves, como infecção urinária ou dificuldade para engolir alimentos.
A expectativa de vida média para pessoas com EM é cerca de 5 a 10 anos menor que a média populacional. Entretanto, essa diferença parece estar diminuindo com as novas opções de tratamento.