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Epicondilite Medial

O que é a Epicondilite Medial?

A Epicondilite Medial se caracteriza pela dor e inflamação sobre o epicôndilo medial, uma proeminência na face interna do cotovelo.

Este é o local onde se fixam todos os tendões que flexionam o punho, de forma que a dor é desencadeada por movimentos nos quais estes tendões estão sendo usados.

Ela ocorre com frequência de 7 a 10 vezes menor do que a Epicondilite lateral, na face externa do cotovelo.

Tanto a Epicondilite Medial quanto a lateral ocorrem mais comumente na 4ª e 5ª décadas de vida, sem predileção pelo sexo masculino ou feminino.

A doença é conhecida também como cotovelo do golfista, pela grande frequência com que ocorre entre estes atletas.

Ainda que os tenistas sejam mais comumente associados à epicondilite lateral, também chamada de “cotovelo do tenista”, no caso dos atletas profissionais e de alto rendimento, a Epicondilite Medial é um problema até maior do que a epicondilite lateral.

A maior parte dos casos de Epicondilite Medial, porém, não está associada à prática esportiva e sim associada a profissionais que fazem uso excessivo deste grupo muscular, incluindo carpinteiros, encanadores e açougueiros.

Tratamento da Epicondilite Medial


A maior parte dos casos de Epicondilite Medial do cotovelo é autolimitada e se resolve com o afastamento temporário da atividade que desencadeia a dor, combinando com aplicações de gelo, administração de medicação anti-inflamatória e uso de órtese específica.

Outras modalidades de tratamento podem ser consideradas quando o mesmo acima não se mostrar suficiente, incluindo a Terapia por Onda de Choque, o Laser de Alta Potência e as infiltrações.

A infiltração com corticoide costuma ter resultado satisfatório para muitos pacientes quando a fase aguda e mais intensa da dor não responde ao tratamento convencional, mas não deve ser a primeira opção de tratamento e não deve ser feita de forma repetitiva, pelo risco de rompimento dos tendões.

/56*+A Infiltração do cotovelo com Ácido Hialurônico (Sportvis®) é uma opçãp que tem demosntrado resultados satisfatórios para a dor de longo duração da Epicondilite medial e sem os efeitos adversos atribuídos aos corticoides.

O agulhamento a seco — em que uma agulha perfura o tendão danificado em muitos lugares — também pode ser útil. O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) é descrito como tendo bons resultados, mas não está liberado pela ANVISA para uso clínico no Brasil.

Uma vez que o paciente apresente melhora da dor, segue-se com um programa de reabilitação que visa aumentar gradativamente a potência, a flexibilidade e a resistência dos tendões.

Neste momento, é importante também corrigir eventuais anormalidades biomecânicas que possam ter levado à lesão inicial.

Com a melhora da dor, o paciente retorna progressivamente para o esporte ou atividade ocupacional implicada com a Epicondilite Medial.

Tratamento cirúrgico da Epicondilite Medial


A cirurgia é indicada para a menor parte dos pacientes, quando os sintomas não melhoram após seis a 12 meses de tratamento não cirúrgico adequadamente instituído. Vale considerar que esta é uma indicação para a ínfima minoria dos pacientes.

O procedimento mais indicado para isso é a liberação dos tendões flexores sobre o epicôndilo medial. Os tendões são cortados e deixados para cicatrizar em uma posição de menor tensão.

No início, o paciente é imobilizado com uma órtese removível, retirando a mesma com regularidade para a mobilização do cotovelo.

A fisioterapia deve ser mantida por dois a três meses, com retorno esportivo completo após aproximadamente quatro a seis meses.