Enxaguante Bucal

O enxaguante é uma solução que contém substâncias químicas que complementam a higienização mecânica, ou seja, o uso do fio dental, a escovação com creme dental e a limpeza da língua.

Eles foram desenvolvidos tanto para ajudar na higiene oral como para combater a placa bacteriana. Desta forma, ajudam a prevenir o surgimento de algumas doenças bucais como cáries, gengivite e outras.

Costuma-se associá-los ao combate ao mau-hálito, pois eles proporcionam uma refrescância, sendo esta somente uma das indicações.

É importante salientar que o enxaguante bucal não deve ser utilizado em substituição à escovação. Isso porque eles não conseguem retirar os resíduos de alimentos e fazer a higienização completa que a escovação e o fio dental fazem.

Ou seja, os enxaguantes colaboram com o processo de higiene e, por conseguinte, para a melhora do mau hálito do paciente.

Ainda que as farmácias e supermercados comercializem os enxaguantes bucais sem prescrição, o ideal é que ele seja usado apenas após a recomendação do dentista.

Existem diferentes tipos de enxaguantes bucais e que podem ser usados em diferentes situações.

Como exemplo, uma pessoa com gengivite pode se beneficiar, por um curto período, do uso de enxaguantes antissépticos bucais como a clorexidina, que possui excelente ação antiplaca e antigengivite.

No entanto, seu uso prolongado pode provocar manchas nos dentes e pode comprometer as restaurações dentárias e próteses dentárias.

É preciso também ter cuidado com o uso de enxaguantes que contenham álcool em sua composição.

Embora atualmente eles sejam a minoria, essas soluções ainda existem e podem prejudicar a flora bucal, ou seja, as bactérias que protegem a boca.

Isso facilita a instalação e crescimento de bactérias patógenas, que estão associadas a diferentes doenças e condições.

Na presença de alguma lesão na boca ou dificuldade para fazer o bochecho, o uso não do enxaguante bucal não é recomendado.
Outras contra-indicações a serem consideradas incluem:

• Crianças menores de 3 anos;
• Crianças maiores de 3 anos só devem usar produtos sem flúor ou álcool;
• Pacientes que se submeteram ao clareamento dental;
• Pacientes com diabete (devem ter cuidado com alguns produtos que podem conter açúcar no corante).

Em função dos riscos indicados acima, os enxaguantes bucais sem álcool são os mais comuns no mercado. A fórmula é diluída em água deionizada e pode ser composto por flúor, com ou sem antisséptico, entre outras composições.

O álcool é o agente diluidor do enxaguante bucal e este tipo deve ser usado somente em situações específicas, sempre com indicação do dentista e supervisão.

O álcool pode provocar o ressecamento da mucosa bucal, com descamação de tecidos moles e diminuição na produção de saliva, causando a sensação de boca seca.

Por isso, mesmo quando indicado, deve ser usado por curto período. Pesquisas demonstram que o álcool é considerado um fator de risco ao desenvolvimento de câncer de boca e orofaringe.

O uso do enxaguante bucal com álcool também é contraindicado no caso de indivíduos imunocomprometidos, pessoas com úlceras na mucosa bucal, crianças, alcoólatras, idosos, pacientes com xerostomia (boca seca) e ardência na boca.

O flúor é utilizado na prevenção de placa bacteriana e outros problemas bucais, além de fortalecer o esmalte dos dentes.

A indicação principal é para quem tem mais sensibilidade às cáries ou utiliza aparelhos ortodônticos, que podem dificultar a higienização. Porém, ele não deve ser utilizado por crianças, já que pode colaborar com o desenvolvimento da fluorose, que causa manchas nos dentes.

A clorexidina é uma das substâncias que pode estar presente nos enxaguantes bucais antissépticos. Ela tem como objetivo eliminar as bactérias da boca.

Esse produto costuma ser indicado em pós-operatórios bucais, com prescrição do dentista e por um período de, no máximo, 15 dias.

O uso incorreto do produto pode alterar o paladar, causar sensibilidade nos dentes, deixá-los porosos ou com manchas marrons.

Existem alguns produtos desenvolvidos à base de plantas como Melaleuca, Menta, Gengibre, Sálvia e outros, para ajudar na saúde bucal, com menos riscos de efeitos colaterais.

Contudo, mesmo que não tenham substâncias que ofereçam risco aparente, é importante consultar o dentista antes de incluir o produto na sua rotina de higiene.