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Dor Glútea

Quais as principais causas para a Dor Glútea?


A dor glútea é um problema comum no meio esportivo e também na população não atlética.

Diferentes problemas podem ser responsáveis por elas, tais como:

  • Articulação sacroilíaca (fraturas por estresse, artrose);
  • Coluna lombar (espondilólise, artrose facetária);
  • Cóccix;
  • Musculatura glútea (tendinite glútea);
  • Músculo piriforme (síndrome do piriforme);
  • Músculos isquiotibiais (posteriores da coxa);
  • Problemas articulares do quadril (Artrose do quadril, Lesão labral do quadril, Impacto femoroacetabular).


Como é feito o diagnóstico?


O diagnóstico da Dor Glútea é bastante desafiador, mesmo para o Ortopedista especialista em quadril.
Exames de imagem, como a radiografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada, devem ser interpretados com cuidado. Isso porque certas alterações observadas nos exames podem ter pouca relevância clínica.

Outra dificuldade é que os problemas relacionados às estruturas citadas acima muitas vezes coexistem no mesmo paciente. Assim, a identificação de qual a real causa das queixas do paciente também não é simples.

Para a identificação da causa da dor glútea, a região pode ser anatomicamente dividida em quatro quadrantes (1):

  • Quadrante Súpero-medial: a dor geralmente está relacionada à coluna lombar (musculatura lombar, Espondilólise, Artrose facetária), ou à articulação sacroilíaca;
  • Quadrante Súpero-lateral: geralmente relacionadas à musculatura glútea, especialmente a Tendinite glútea;
  • Quadrante Ínfero-medial: geralmente relacionadas ao cóccix ou ao assoalho pélvico;
  • Quadrante Ínfero-lateral: dores neste quadrante indicam, principalmente, Síndrome do piriforme ou lesões na inserção da musculatura posterior da coxa (isquiotibiais).

Além da localização da dor, cada uma das causas de Dor Glútea discutida acima tem características clínicas específicas que podem ajudar no diagnóstico.

Aspectos sobre como a dor começou, movimentos que pioram a dor e o histórico de atividades físicas do paciente devem ser levados em consideração.

A seguir, o ortopedista avaliará a mobilidade do quadril e coluna e realizará testes provocativos. Estes testes buscam simular certos tipos de dor. Por fim, levará em consideração os exames de imagem.

Tratamento da Dor Glútea


Mesmo com toda a rotina investigativa descrita acima, nem sempre é possível estabelecer com segurança a causa da dor.

Na maior parte das vezes, o tratamento será iniciado com o uso de medicações analgésicas ou anti-inflamatórias e fisioterapia, com o objetivo de alívio da dor. Técnicas como o laser de alta potência, terapia por onda de choque ou acupuntura poderão ser consideradas.

O passo seguinte envolve fortalecimento e reequilíbrio muscular. A reabilitação deve ser direcionada para as estruturas que o médico julgue mais prováveis como causadoras da dor. Em muitos casos, a melhora pode ser obtida mesmo sem uma identificação definitiva de qual a causa da dor.

Quando o tratamento não surtir o efeito esperado, o ortopedista poderá lançar mão de técnicas investigativas mais invasivas. Isso inclui a infiltração diagnóstica. Neste caso, é injetada uma medicação anestésica ao redor da estrutura que o médico acredita ser causador da dor.

Caso o paciente refira alívio da dor, a estrutura infiltrada será considerada a causadora dos sintomas do paciente. Isso é válido mesmo que o alívio seja temporário.

Caso contrário, será preciso buscar outras possíveis causas de dor. A infiltração de outras estruturas na região glútea poderá ser considerada.

A infiltração anestésica deve ser considerada especialmente nos casos em que o tratamento cirúrgico esteja sendo considerado. O objetivo principal é evitar que a cirurgia corrija um problema que não seja de fato o causador dos problemas do paciente.