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Condroblastoma

O que é o condroblastoma?

Condroblastoma é um tumor benigno (não canceroso) que cresce nas extremidades dos ossos longos do corpo, próximo das articulações.

Eles se originam de células cartilaginosas primitivas que se assemelham à cartilagem fetal, daí o seu nome: “condro” significa cartilagem e “blasto” significa embrião).

Na maioria das vezes, o condroblastoma se desenvolve nas extremidades do fêmur (osso da coxa), tíbia (osso da perna) ou úmero (osso do braço).

Eles geralmente ocorrem em crianças e adultos jovens, e são mais comuns em homens do que em mulheres.

O condroblastoma é um dos poucos tumores ósseos benignos com potencial de se espalhar ou metastatizar para os pulmões. Mesmo que um condroblastoma mais agressivo possa metastatizar, ele ainda é considerado um tumor benigno.

Além disso, ele pode ser localmente agressivo, levando a uma destruição na articulação envolvida. Por este motivo, sua remoção cirúrgica é indicada na maior parte dos pacientes.

Quais os sintomas do condroblastoma?

O condroblastoma é um tumor relativamente pequeno e que fica contido dentro do osso, de forma que os pacientes normalmente não são capazes de sentí-los sob a pele.

A dor na articulação envolvida é o sintoma mais comum de um condroblastoma. No início, ela pode ser aliviada com o uso de medicação analgésicas, como o Paracetamol, Dipirona ou Ibuprofeno. No entanto, estas medicações tendem a se tornar ineficazes com o tempo.

Outros sinais e sintomas que podem estar presentes no paciente com condroblastoma incluem:

  • Rigidez articular;
  • Inchaço;
  • Atrofia muscular;
  • Mancar (quando o tumor está nas extremidades inferiores).

Diagnóstico

A dor articular é o sintoma que geralmente leva o paciente ao médico. No entanto, ela pode ser causada por diversas condições muito mais comuns do que o condroblastoma.

O tumor é então diagnosticado ao se realizar radiografias ou outros exames de imagem feitos para a investigação desta dor.

A maioria dos condroblastomas são pequenos (1 a 4 cm), de aspecto arredondado e localizados imediatamente adjacentes às extremidades dos ossos.

Eles são geralmente cercados por um halo de osso mais denso (esclerótico), o que pode ser observado nos exames de imagem.

Em cerca de 25 a 40% dos casos, a radiografia mostrará também a presença de calcificações (manchas brancas) dentro do tumor.

Uma vez identificada uma imagem suspeita para o condroblastoma, a biopsia geralmente é realizada para a confirmação diagnóstica.

A biópsia serve para fazer a diferenciação com outros tipos de tumores que podem apresentar em certos casos uma aparência semelhante, incluindo o tumor de células gigantes, encondroma, cisto ósseo aneurismático, infecção do osso (osteomielite), osteossarcoma ou condrossarcoma.

Tratamento

O tratamento do condroblastoma é geralmente cirúrgico. Sem isso, ele continua crescendo e destruindo o osso e a articulação circundante.

A cirurgia pode não ser indicada em casos específicos, quando se considera que, devido à localização, ele não é passível de ser removido com segurança. Procedimentos com a crioterapia (congelamento do tumor com nitrogênio líquido) ou a ablação por radiofrequência podem ser consideradas nestes casos.

Tratamento cirúrgico

A curetagem é o procedimento mais usado no tratamento do condroblastoma. Ela envolve a raspagem do osso com um instrumento específico, denominado de cureta.
A curetagem é resolutiva para a maior parte dos pacientes com condroblastoma. No entanto, ela pode deixar um buraco no osso, formando uma zona de fragilidade com risco para fratura. Nestes casos, o preenchimento da cavidade com enxerto ósseo (geralmente retirado da bacia) ou cimento ósseo pode ser indicado.
Em alguns casos produtos esclerosantes como fenol ou nitrogênio líquido podem ser colocados dentro da cavidade óssea para tentar reduzir o risco de recorrência.