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Carnes

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As carnes são as principais fontes de proteína na alimentação da maioria dos brasileiros. No entanto, existem diferentes tipos de carnes com diferentes características tanto culinárias como nutricionais.
Nesse artigo, falaremos sobre os principais tipos de carnes mais presentes na nossa alimentação.

Carne bovina

A carne bovina é, sem dúvida, a preferência número um de carne do brasileiro. Ela é rica em vários nutrientes, como proteínas, minerais (principalmente ferro, fósforo, zinco) e vitaminas do complexo B (entre as quais se destaca a vitamina B12).

Importância nutricional da carne bovina
A proteína presente não apenas na carne bovina, mas nas carnes de origem animal, se destaca pelo seu alto valor biológico. Isso quer dizer que ela é rica em aminoácidos essenciais, ou seja, são aminoácidos que só conseguimos obter através da alimentação. Por isso, são essenciais para o bom funcionamento do organismo.

A carne bovina também é muito popular por ser uma ótima fonte de ferro. O ferro presente neste alimento é do tipo ferro heme, ao contrário do ferro presente nos alimentos de origem vegetal, que é o ferro não-heme.
O ferro heme é encontrado na hemoglobina das células vermelhas do sangue e é de melhor qualidade e maior absorção, quando comparado ao ferro não-heme.
O ferro é também responsável pelo transporte de oxigênio e pela síntese de DNA, entre outras funções. Ele é de extrema importância para evitar problemas, como a anemia ferropriva.
A vitamina B12 também é um nutriente importante presente na carne bovina, pois também ajuda no combate à anemia.

Tipos de carnes bovinas
Há uma variedade de cortes de carne bovina e é importante destacar que existem cortes gordos e magros.
Alguns dos cortes gordos da carne do boi são: acém, alcatra, picanha, cupim, costela, fraldinha, contrafilé. Já os cortes magros são: patinho, maminha, músculo, lagarto, filé-mignon, coxão duro, coxão mole.
O ideal é dar preferência aos cortes magros de carne. Mas se você optar pelo consumo de algum corte gordo, faça isso de forma moderada e, de preferência, pode retirar a gordura aparente antes do preparo.
Os cortes mais caros do boi são os mais nobres, como é o caso da picanha, do filé-mignon e da alcatra. São partes mais macias, suculentas e saborosas e muito utilizadas para churrascos.
Outras partes do boi nem sempre são valorizadas, como é o caso do fígado, coração e língua. O fígado, por exemplo, é altamente rico em vitamina A, uma vitamina de extrema importância para a saúde da visão. É fato que o fígado possui um sabor mais forte. Mas, dependendo da forma de preparo, este sabor pode ser amenizado.

Métodos de preparo

Dependendo de como é feita, a carne pode ou não ser considerada saudável. O recomendado é dar preferência às preparações assadas, grelhadas ou cozidas e deixar a fritura para de vez em quando.

Ao optar pela fritura, deve-se dar preferência por fontes de gordura menos prejudiciais.

Os óleos refinados, como os de soja, milho, girassol, canola etc., são os menos recomendados.

Como eles são refinados, são pobres em nutrientes e fontes de gordura trans, uma gordura considerada não saudável.

O óleo de coco ou banha de porco natural, por outro lado, são fontes mais saudáveis de gordura para frituras.

Além de ser o prato principal, a carne bovina também pode ser usada em inúmeras preparações, como escondidinho, saladas, recheios, tortas e até para o preparo de bolos.

Evite carnes enlatadas, bem como linguiças e outros produtos processados à base de carne, pois são altamente ricos em sódio e aditivos prejudiciais.

Carne suína

A carne suína é um tipo de carne considerada muito saudável, quando consumida com moderação. Ela é fonte de proteínas de alto valor biológico e de minerais, como o potássio.
Além disso, como a gordura da carne suína é subcutânea, ela pode ser facilmente retirada, o que nem sempre acontece com a carne de boi.

Tipos de carne de porco
Ainda que seja uma fonte importante de gordura saturada, alguns cortes, como lombo e filé, têm menos gordura quando comparados à carne de boi e de frango.
Outras partes, como o bacon, pancetta e toucinho, são retirados da barriga do porco e são muito gordurosas. Por isso, devem ser consumidos com moderação.
Do toucinho, é preparado um prato típico das culinárias paulista e mineira, o torresmo, que pode ser consumido como petisco.
Já o bacon é um ingrediente bastante presente em fast foods, como pizza e hambúrguer, e é muito popular nos Estados Unidos, sendo um alimento típico do café da manhã dos americanos.
Evite consumir derivados de porco, como linguiça e presunto, pois são processados ricos em sódio e aditivos prejudiciais.

Outros problemas da carne suína
A carne suína ainda não é muito bem vista por todos. Algumas religiões não a incluem no seu cardápio e algumas pessoas não consomem por medo de contaminação, já que pode causar doenças como a cisticercose e a teníase.
Muitos, quando a consomem, assim fazem somente se for bem passada ou cozida. No entanto, se a carne for de boa qualidade e certificada pelo Ministério da Agricultura, ela não oferece perigo.

Banha de porco
Atualmente, muitos nutricionistas consideram a banha de porco até mais saudável para a preparação de receitas do que os óleos vegetais.
Ainda assim, ela deve ser consumida com moderação, até por ser muito calórica. Quando utilizar, prefira usar banha de porco natural e não a industrializada. Você mesmo pode fazer a banha em casa.

Frango

Frango é o termo genérico para carne de aves, sendo a galinha a mais comum no prato dos brasileiros.
Esta é uma carne mais barata que a de boi, é fácil de encontrar, é bastante versátil. Além disso, ela é fácil de preparar.

Aspectos nutricionais do frango
Os nutrientes que mais se destacam no frango são as proteínas de alto valor biológico e a gordura saturada.
Por ser fonte de aminoácidos essenciais (proteínas de alto valor biológico), o frango é muito recomendado para quem deseja hipertrofiar os músculos, pois é o tipo de proteína que causa crescimento rápido das fibras musculares, assim como as proteínas dos demais alimentos de origem animal.
Além disso, o frango é muito indicado para dietas de perda de peso e para associar-se a outras preparações fontes de carboidratos, como, por exemplo, cuscuz, tapioca, panqueca, entre outras, a fim de deixar a digestão mais demorada e dar mais saciedade.

Pele do frango
O frango oferece grandes benefícios para a saúde, mas é preciso tomar um pouco de cuidado com o seu teor de gordura saturada encontrada, em sua maior parte, na pele. É a região do frango que mais contém gordura saturada. Em contrapartida, o peito é a parte com menos gordura.
Antes do preparo do frango, no entanto, é possível retirar a pele para deixar a preparação com menos gordura.
É da pele que muitas pessoas fazem a banha de galinha. Além disso, muitos consomem a pele do frango picada e frita.

Preparo do frango
As principais partes do frango são: coxa, sobrecoxa, peito e asas. Mas outras partes também podem ser aproveitadas, mais conhecidas como miúdos (moela, fígado e coração, pés e pescoço).
Além de ser consumido em partes, como já citamos, o frango também pode ser preparado de forma inteira, com ou sem recheio.
Dependendo da parte, o frango pode ser preparado de várias formas. As partes do frango podem ser consumidas como prato principal proteico das refeições e, no caso do peito, este pode ser usado para o preparo de outras receitas, sendo um ingrediente, além de acompanhar preparações fontes de carboidratos, como já citamos.
As preparações em que o peito de frango é mais usado como prato principal são: peito empanado, frito, grelhado, assado ou refogado, na forma de filé ou iscas. já como ingrediente, alguns pratos que levam peito de frango são: como recheios (tortas, escondidinho, panquecas, lasanha etc.), saladas, salpicão, entre outros.
No caso da coxa e da sobrecoxa, estes são cortes mais suculentos e também podem ser preparados de forma frita, assada, grelhada, empanada ou refogada.
Já a asa do frango é uma parte do frango não muito preferida, como é o peito, a coxa e a sobrecoxa, por ser recoberta por pele e não ter muita carne.
Alguns pratos tradicionais feitos com frango são: strogonoff, frango a passarinho, frango ao molho pardo, canja, entre outros.
Evite consumir frango industrializado, principalmente os empanados, mais conhecidos como nuggets, além de outros derivados do frango, como a linguiça. São produtos altamente prejudiciais para a saúde, pois são riquíssimos em sódio e gordura não saudável, além de conter outros aditivos prejudiciais.

Miudos
Os miúdos não são muito aceitas por grande parte das pessoas e é comum que sejam jogados fora. No entanto, eles não deixam de ser nutritivos e podem ficar muito saborosos depois de prontos.
O pé do frango, por exemplo, é uma parte rica em colágeno, uma fibra que faz parte da estrutura da pele e que, com o tempo, passa a ter sua produção diminuída pelo corpo. Por isso, é necessário de forma externa, por meio da alimentação ou suplementação. O pé de frango pode ser usado em ensopados e para o preparo de sopas, por exemplo.
Outros miúdos têm um sabor mais forte, como é o caso do fígado da galinha. Por isso, estes cortes também não são muito bem aceitos. Dependendo da forma como for preparado, no entanto, podem ficar bem saborosos e ter o seu sabor atenuado.

Farinha de frango
A carne de frango pode também ser encontrada no mercado a farinha. A farinha de frango é um produto altamente proteico e que pode ser usado por qualquer pessoa, especialmente os diabéticos e pessoas que malham.
A farinha de frango pode ser usada em diversas receitas, inclusive você mesmo pode fazer a sua farinha de frango, pois fica mais saudável e mais barata.

Peixe

Os peixes são alimentos bastante presentes em nossa culinária e sua carne é uma das mais saudáveis.

Tipos de peixe
Eles podem ser divididos em peixes de água doce e de água salgada e podem ter sua carne recoberta por escamas, couro ou carapaça.
Os peixes de água doce são mais gordurosos e com o sabor mais terroso. Já os peixes de água salgada têm menos gordura e, obviamente, o sabor mais salgado.
O peixe de mar ainda é dividido em peixe de água fria, que é mais gorduroso e duro, e de água quente, que é menos gorduroso e mais mole.
Alguns exemplos de peixes de água doce são: tilápia, pintado, tucunaré, pirarucu, traíra, pacu, tambaqui etc.
Alguns exemplos de peixes e água salgada são: bagre, baiacu, anchova, linguado, salmão, truta, sardinha, pescada, robalo, tainha, entre outros.

Aspectos nutricionais do peixe
A carne de peixe é fonte, principalmente, de proteína de alto valor biológico. Ela é excelente para dietas de perda de peso e para o ganho de massa muscular.
Mas nutricionalmente falando, é importante destacar um tipo de substância presente em alguns peixes e que é extremamente essencial para o bom funcionamento do nosso corpo: o ômega 3.
O ômega 3 é um tipo de ácido graxo poli-insaturado (PUFA) essencial, ou seja, uma gordura saudável, que não é produzida pelo próprio organismo. Por isso, o ômega 3 deve ser obtido de fontes externas, como a alimentação e a suplementação.
O ômega 3 tem como principal função atuar como um anti-inflamatório no organismo. Por esse motivo, contribui para prevenir e a controlar muitas doenças de cunho inflamatório, como doenças cardiovasculares, diabetes, vários tipos de câncer, doenças respiratórias, doenças neurológicas, doenças autoimunes e muitas outras.
Além disso, o ômega-3 também ajuda na proteção da memória, na saúde dos olhos e diminui os sintomas da depressão.
O ômega 3 está presente em maior quantidade nos peixes de água salgada, em especial nos peixes de água fria, sendo alguns dos principais: sardinha, salmão, atum, carpa, truta, cavala, arenque, bagre, bacalhau, entre outros.

Preparo do peixe
Os peixes podem ser preparados de várias formas: fritos, grelhados, assados ou cozidos. Evite sempre consumir carne de peixe frita, para evitar o aumento calórico da preparação.
A carne de peixe também pode ser ingrediente de várias receitas, como escondidinho, torta, saladas, recheios e muitas outras.
Evite peixes enlatados, como a sardinha e o atum. Prefira sempre o fresco para obter todos os seus nutrientes e evitar o consumo de aditivos presentes nos peixes enlatados que não fazem bem para a saúde.