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Calos e Bolhas no Esporte

O que são os Calos?


Calos são camadas espessas e endurecidas de pele. Eles se desenvolvem como resultado de fricção ou pressão excessiva e frequente.

Os calos estão geralmente localizados nos pés ou nas mãos, por serem as áreas mais expostas à pressão e fricção.

As principais causas para a formação de calos incluem:

  • Atrito com o calçado, em decorrência de sapatos e meias mal ajustados ou na presença de deformidades nos pés (joanete, por exemplo);
  • Trabalhos manuais, incluindo o uso de ferramentas e outros trabalhos em linha de produção;
  • Grande parte das práticas esportivas;
  • Em alguns casos, até mesmo o atrito com a caneta ao escrever pode levar à formação de calos.

Quais os benefícios dos calos?


O calo é uma proteção natural que se forma na pele, reforçando as áreas submetidas a pressão e tração excessiva.

Sem os calos, a pele normal seria facilmente danificada por estas atividades abusivas.

Agricultores, mecânicos, trabalhadores da construção civil e de linhas de produção dependem dos calos para manterem suas atividades.

O mesmo é válido para bailarinos, montanhistas, tenistas, velejadores, corredores e praticantes de academia.

Sem os calos, estes atletas ou profissionais rapidamente desenvolvem bolhas, que se rompem e deixam os pés ou mãos sangrando.

A maioria já vivenciou isso em algum momento de suas carreiras, especialmente quanto retornam de férias ou lesões.

Quais os problemas causados pelos calos?


Pequenos calos nos pés ou mãos não causam maiores problemas além de uma questão estética.

Entretanto, especialmente nos pés, os calos muito grossos podem gerar áreas de pressão sobre os calçados. Quando isso acontece, eles podem se tornar incômodos e dolorosos.

Calos excessivos também podem rachar e se infectar, tornando-se bastante dolorosos.

Eles são preocupantes especialmente no caso de pacientes diabéticos.

Avaliação do calo


O objetivo na avaliação de um calo deve ser identificar quando a pressão excessiva que causa o calo está dentro do esperado e desejado e quando está relacionado a um problema com os equipamentos esportivos ou de trabalho, a uma má técnica esportiva ou a uma deformidade óssea.

O calo pode se desenvolver além do desejado no caso de uma pessoa que segura o peso de forma errada na academia, de uma pessoa que segura a raquete de tênis de uma maneira errada ou que corre com um mau alinhamento das pernas.

Pode também ser o resultado de uma sapatilha de ballet mau ajustada ou de um tênis de corrida inadequado.

Por fim, pode estar associado a uma joanete, dedo em martelo ou outras deformidades nos pés.

Tratamento


Alguns atletas se orgulham de seus calos, que interpretam como uma “prova de virilidade” e do seu esforço bruto.

Para outros, especialmente mulheres, eles podem gerar bastante incômodo do ponto de vista estético ou mesmo vergonha.

A decisão por tratar ou não um calo deve levar em consideração não apenas os desejos do paciente, mas também os potenciais benefícios e prejuízos discutidos acima.

A remoção deve ser considerada especialmente no caso de calos excessivos ou sintomáticos. Entretanto, ela não pode ser excessiva, de forma a aumentar o risco de bolhas e sangramentos.

Tratamento da causa


Uma vez que a avaliação do paciente com calo tenha identificado deficiências na técnica esportiva, no equipamento ou alguma deformidade óssea, o tratamento destas causas deve ser considerado.

Em muitos casos, isso pode ser o suficiente para que um calo excessivo se torne dentro do que é esperado para a atividade do paciente.

Quando se decide por fazer um tratamento para a redução do calo. O tratamento da causa pode evitar que o calo volte a crescer.

Remoção do calo


A remoção de parte do calo pode ser considerada especialmente quando ele é avaliado como excessivo e além do necessário para a proteção da pele.

Esta remoção deve ser sempre cautelosa, para não facilitar a formação de bolhas.

Inicialmente, o calo deve ser mergulhado em água morna por cinco a dez minutos para amaciar a pele. Um banho quente pode ser o suficiente para isso.

O calo é então raspado suavemente com uma pedra-pomes, usando movimentos circulares ou laterais.

Bolhas no esporte


Da mesma forma como os calos, as bolhas se formam especialmente nas mãos e pés como resultado da pressão e fricção excessiva.

Inicialmente, a pele fica sensível ao toque, avermelhada e irritada. Se o atrito continuar, as camadas da pele se separam, preenchendo a área com fluido, o que caracteriza a bolha.

Este líquido pode ser claro ou, em alguns casos, sanguinolento.

A pressão do fluido estimula os nervos sob a pele, o que causa a dor característica da bolha.

Com a persistência do atrito, a bolha pode se estourar, expondo as camadas mais profundas da pele. A ferida pode sangrar e se torna extremamente sensível. O risco de infecções secundárias aumenta.

Drenagem da bolha


Como a dor da bolha é causada pela pressão do fluido acumulado, drenar uma bolha cheia de líquido reduz imediatamente a dor.

A drenagem pode ser feita em casa com segurança, usando-se uma agulha. Ao aquecer a agulha, ela pode ser esterilizada. A pele também deve ser limpa com álcool.

Um pequeno furo deve ser feito com a agulha. A seguir, realiza-se uma pressão para permitir a saída do líquido.

Por fim, a bolha deve ser coberta com um curativo oclusivo, que deve ser trocado ao menos uma vez ao dia.

As bolhas abertas já rasgaram e não precisam ser drenadas. No entanto, o atleta ainda precisa tomar cuidado para manter a bolha limpa e livre de infecção.

A pele que cobre a bolha deve ser mantida no local o maior tempo possível, já que ela funciona como uma camada protetora.

Isso permite que a nova pele que está se formando embaixo se amadureça.

Como proteger a bolha?


Ainda que as bolhas sejam bastante dolorosas, em muitos casos “o show tem que continuar”.

Para manter a prática esportiva, diferentes produtos podem ser usados para proteger a bolha.

O Moleskin é um acolchoamento adesivo que distribui a pressão da bolha para a pele ao redor da bolha.

Curativos de hidrogel, como o Duoderm, funcionam como uma segunda pele, protegendo a ferida enquanto ela cicatriza.

A segunda pele possui propriedades que imitam a pele normal, inclusive ajudando a hidratar a ferida. Ela deve cobrir a ferida aberta e, a seguir, deve ser protegida por uma fita elástica leve.