Abcesso Dentário

O abscesso dentário se caracteriza pelo acúmulo de pus dentro do dente, da gengiva ou do osso da mandíbula. Este pús se forma em decorrência de uma infecção bacteriana.

A principal causa dos abscessos dentários são as cáries profundas, que chegaram a esse estágio justamente por não terem recebido o devido tratamento. Isso acontece porque quando a cárie não é tratada no início, ela evolui e atinge a polpa dentária, abrindo caminho para a entrada de bactérias que infeccionam a raiz do dente.

Ela também pode acontecer quando um resíduo de comida, como uma casquinha de pipoca, fica presa na gengiva. Este “corpo estranho” se aloja entre a gengiva e o dente pode provocar lesões na mucosa, além de facilitar a instalação de bactérias.

Os sinais e sintomas mais comuns de um abscesso dentário incluem a dor intensa e sensibilidade na boca e mandíbula, inchaço da gengiva ou bochechas e, possivelmente, febre. Além disso, pode ser notado um aumento nos linfonodos do pescoço.

Os sintomas tendem a piorar com o consumo de alimentos quentes ou frios ou no ato da mastigação. Sangramentos também podem ocorrer.

Os abscessos dentários são classificados em dois tipos, de acordo com a área que foi atingida pela infecção: periodontal e o periapical.

Abscesso periodontal

O abscesso periodontal se localiza entre o dente e a gengiva, geralmente em decorrência de uma periodontite não controlada a partir da evolução de um tártaro.

Abscesso periapical

O Abscesso periapical é aquele que atinge a ponta da raiz do dente. Ele está mais relacionado com os casos de cárie que evoluem para problemas de canal, aqueles que atingem os tecidos internos do dente.

A falta de higiene é, em última análise, a principal causa das doenças bucais, incluindo os abscessos dentários.

Assim, escovar os dentes sempre após as refeições e usar o fio dental pelo menos uma vez ao dia é o ponto de partida para a prevenção dos abscessos.

O fio dental é responsável por retirar os resíduos dos cantos difíceis, onde a escova não alcança. Além disso, é importante complementar a limpeza com um bom enxaguante bucal.

que seja indicado pelo seu dentista. A escova de dentes deve ser trocada a cada três meses, pois após esse período, ela já não promove uma limpeza eficiente.

Reduzir o consumo de alimentos açucarados também é uma excelente forma de deixar a boca livre de infecções.

Por fim, as visitas regulares ao dentista (idealmente, a cada seis meses) permite a remoção das placas dentárias e tártaro, o que ajuda a evitar a formação dos abscessos dentários.

Os abscessos dentários não são simples infecções. Eles podem trazer consequências graves para o paciente.

Se um abscesso dentário não for tratado a tempo, ele pode trazer consequências para a saúde bucal e para a saúde do organismo do paciente.

Além das dores, da presença de inchaço, febre e outros sintomas, a infecção ainda pode se agravar, causando a perda do dente afetado.

Em casos mais raros, a infecção pode atingir a circulação sanguínea, causando sérios problemas para a saúde do paciente. Pessoas com sistema imunológico enfraquecido devido a outras doenças correm maior risco de ter complicações em casos de abscessos não tratados.

Quando a situação está muito crítica, essa infecção pode até levar o paciente a óbito.

Pessoas portadoras de algumas condições médicas, como diabetes ou sistema imunológico enfraquecido, podem ter abscessos dentários com mais frequência, em comparação com outras. Além disso, o risco de elas evoluírem com complicações também é maior.

O tratamento do abscesso é feito por meio de cirurgia.

Medicamentos antibióticos não são capazes de agir sobre tecido morto, incluindo o abscesso. No entanto, eles podem ser usados com o objetivo de conter o problema e evitar que a infecção se espalhe para as estruturas próximas. Nem todos os pacientes serão recomendados a usarem antibióticos.

Diferentes procedimentos cirúrgicos podem ser considerados, a depender da causa e do tipo de abscesso.

Entre eles, incluem-se:

Incisão e drenagem do abscesso

Procedimento é realizado para drenar o pus e limpar a área infeccionada. O dentista faz um pequeno corte para que a infecção seja drenada e, em seguida, higienize a área afetada com uma solução salina.

Tratamento de canal

Muitos casos de abscesso dentário estão associados a uma carie profunda, com acometimento do canal.

Além de drená-lo, é importante que o dentista retire a polpa do dente, que está infeccionada, e realiza os devidos procedimentos para que ele seja restaurado e volte a realizar suas funções estéticas e mastigatórias.

Extração dentária

Em casos extremos, quando o tratamento de canal já não é capaz de resolver, a única solução é extrair o dente afetado. A extração é realizada juntamente com a drenagem do abscesso.