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Teste de Dobras Cutâneas

O que é o teste de Dobras Cutâneas?

O teste de dobras cutâneas é um dos métodos mais antigos e ainda hoje mais utilizados para determinar a composição corporal. 

O teste estima a porcentagem de gordura corporal a partir de fórmulas, medindo a espessura das dobras cutâneas em locais específicos do corpo. Estas fórmulas levam em conta outras medidas corporais e ainda a idade e o sexo da pessoa.

Como é feito o teste de dobras cutâneas?

As medidas das dobras cutâneas geralmente são feitas em locais específicos e do lado direito do corpo. O examinador pinça a pele no local com o tecido subcutâneo (que contém gordura), separando a prega do músculo subjacente. Um aparelho específico denominado de Adipômetro (uma espécie de paquímetro especializado) é então usado ​​para medir a espessura das dobras cutâneas.

Os locais de medição variam dependendo do protocolo que está sendo usado. Mas, normalmente, incluem algumas das seguintes regiões:

  • Abdômen: próximo ao umbigo
  • Medioaxilar: linha média da lateral do torso
  • Peitoral: meio do tórax, logo à frente da axila
  • Quadríceps: meio da coxa
  • Subescapular: abaixo da borda da escápula
  • Suprailiaca: logo acima da crista ilíaca do osso do quadril
  • Tríceps: parte de trás do braço
  • Tríceps da perna (panturrilha): parte de trás do perna medialmente

Uma vez feitas as medições das dobras cutâneas, os dados são colocados em programas específicos que calculam a percentagem de gordura corporal.

Existem diferentes fórmulas e cálculos usados para isso, sendo a mais conhecida e utilizada aquela descrita por Jackson e Pollock. Ela se utiliza de 7 dobras.

Qual a precisão do teste de Dobras Cutâneas?

 

Assim como vários os outros métodos disponíveis para a avaliação da composição corporal, o teste de dobras cutâneas envolve medidas indiretas. Isso significa que eles oferecem apenas estimativas da composição corporal real.

Esta margem de erro é tão menor quanto mais parecida é uma pessoa da população para qual a fórmula foi desenvolvida e de quanto mais treinado é o avaliador. Existem trabalhos demonstrando que podem ser tão pequenos como 3% para mais ou para menos da composição corporal real, o que significa que uma pessoa que teve composição corporal estimada de 15% de gordura pode ter de fato entre 12% e 18% de gordura corporal total.

Mesmo esta variação é bastante significativa, especialmente na população atlética, na qual pequenas variações podem fazer uma grande diferença. Ou, ainda, quando uma pessoa está acompanhando seu peso por motivos de dieta e saúde.

Entretanto, para uma mesma pessoa e uma mesma metodologia, o erro tende a persistir nos exames subsequentes. Isso é o que chamamos de erro padrão. Por mais que o resultado mostrado muitas vezes não condiz com a realidade, a tendência é que ele seja constante e que sirva como comparação para a evolução de um paciente. 

Assim, se esta mesma pessoa repetir o exame e ele mostrar uma composição corporal com 13% de gordura, isso significa que ela provavelmente perdeu 2% de composição corporal em gordura.

Para manter esta “padronização do erro”, é preciso que se utilize o mesmo método e, preferencialmente, o mesmo examinador e o mesmo adipômetro. Quando diferentes fórmulas são usadas, é de se esperar resultados ligeiramente diferentes, da mesma forma que quando se compara um teste de dobras cutâneas com ou teste de bioimpedância, por exemplo.

Outra forma de avaliar a evolução de uma pessoa é a comparação pura da dobras cutâneas. Ignorando a fórmula. Assim, se uma pessoa tinha 35mm da soma de determinadas dobras cutâneas e após um período de tempo passou a ter 30mm, essa pessoa perdeu gordura. Todavia é mais usual as pessoas ouvirem o resultado em percentagem e não na soma das dobras.

Quais as vantagens e desvantagens do teste de dobras cutâneas?

O teste de dobras cutâneas é feito com um aparelho pequeno e de baixo custo e facilmente transportável em uma mochila. Isso torna o teste prático, por exemplo, para o acompanhamento da composição corporal em equipes esportivas, já que pode ser levado para viagens em competição ou em outras avaliações em campo.

Comparativamente com o teste de bioimpedância, ele é menos sensível a variações na quantidade de água corporal, o que diminui a probabilidade de erro e não exige um protocolo pré-teste tão rígido. Este protocolo pré teste menos rígido significa, entre outras coisas, uma menor interferência na rotina do atleta.

Por outro lado, o teste depende de que as medidas tenham sido tomadas da forma correta e nos locais corretos. Existe uma considerável margem de erro entre examinadores diferentes, especialmente quando o teste é feito por pessoas menos acostumadas com o método (2).

Medidas feitas pelo mesmo examinador, com o treinamento correto e com equipamento calibrado são muito mais fidedignas.