síndrome de Wolff-Parkinson-White
O que é a síndrome de Wolff-Parkinson-White?
A síndrome de Wolff-Parkinson-White é uma defeito cardíaco presente ao nascimento no qual os sinais elétricos possuem uma via extra para passarem das câmaras superiores para as câmeras inferiores inferiores do coração.
Essa via extra permite que os sinais elétricos passem diretamente do átrio para os ventrículos sem passar pelo nó atrioventricular, uma estrutura que normalmente regula a velocidade dos batimentos cardíacos.
Quando isso acontece, os batimentos cardíacos tornam-se anormais e rápidos.
Os episódios de batimentos cardíacos acelerados observados na síndrome de Wolff-Parkinson-White geralmente não representam risco de vida. Mas podem ocorrer complicações graves. Raramente, a síndrome pode levar à morte súbita cardíaca em crianças e adultos jovens.
Sintomas
A principal característica da Síndrome de Wolff-Parkinson-White são os episódios de frequência cardíaca acelerada, com mais de 100 batimentos por minuto.
Esse ritmo cardíaco acelerado se inicia repentinamente e
Pode durar de poucos segundos a várias horas. Eles podem ocorrer durante exercícios ou em repouso.
Em alguns casos, esse ritmo cardíaco acelerado pode não ser percebido. Em outros, ele pode causar sintomas como:
- Dor no peito;
- Dificuldade para respirar;
- Tontura ou vertigem;
- Desmaio;
- Fadiga;
- Falta de ar;
Sintomas em bebês e crianças pequenas
Bebês ou crianças pequenas com Síndrome de Wolff-Parkinson-White não são capazes de explicar aquilo que estão sentindo, o que pode dificultar o diagnóstico.
Em alguns casos, elas podem apresentar alguns sintomas inespecíficos, incluindo:
- Pele, lábios e unhas azulados ou acinzentados;
- Inquietação ou irritabilidade;
- Respiração acelerada;
- Problemas com a alimentação.
Como a Síndrome de Wolff-Parkinson-White afeta o ritmo cardíaco?
Os batimentos do coração são controlados por meio de impulsos elétricos que têm origem de forma rítmica em uma estrutura localizada no átrio direito, chamada de nó sinusal.
Esse sinal se espalha pelas câmeras cardíacas superiores (átrios). A seguir, atravessa uma estrutura chamada de nó atrioventricular para chegar às câmeras cardíacas inferiores (ventrículos).
Ao chegar no nó atrioventricular, a velocidade do impulso elétrico diminui, fazendo com que a contração dos átrios ocorra ligeiramente antes da contração dos ventrículos.
Nos pacientes com síndrome de WPW, no entanto, uma via elétrica extra conecta as câmaras cardíacas superior e inferior, permitindo que os sinais cardíacos contornem o nó AV. Em alguns casos, a via extra pode também fazer com que os sinais cardíacos retrocedam. Isso leva não apenas a um ritmo cardíaco que é acelerado, mas que também é desordenado.
Diagnóstico
O diagnóstico da síndrome de WPW pode ser diagnosticado por meio do Eletrocardiograma, no qual se identifica um padrão de
batimentos cardíacos que sugerem uma via elétrica extra no coração.
A arritmia Cardíaca não está o tempo todo presente, ela vai e volta. Assim, o eletrocardiograma pode em alguns casos estar normal.
O exame de Holter é um monitor que acompanha o ritmo cardíaco durante 24 horas de um dia. Assim, ele consegue identificar sempre que a arritmia tiver aparecido ao longo do dia.
Tratamento do Wolf Parkinson White
O tratamento para a síndrome de Wolff-Parkinson-White depende da frequência e da gravidade dos sintomas, bem como do tipo de arritmia que ela provoca.
Algumas pessoas põem não apresentar sintomas. Nesses casos, nenhum tratamento se faz necessário.
Quando necessário, o tratamento pode ter dois objetivos:
- Controlar o ritmo cardíaco anormal
- Destruir a via de transmissão anômala
Controle do ritmo cardíaco
O controle do ritmo cardíaco pode ser feito por meio das manobras vagais, medicamentos ou cardioversão. Essas técnicas são mais eficazes se efetuadas logo no início do episódio de arritmia.
Manobras vagais.
Quando uma pessoa com a Síndrome de WPW está com sintomas da taquiarritmia, as manobras vagais podem ajudar o coração a recuperar o ritmo normal.
Essas manobras incluem tossir, fazer força para baixo como se estivesse evacuando ou colocar uma bolsa de gelo no rosto.
Essas ações estimulam o nervo vago, que ajuda a controlar os batimentos cardíacos.
Medicamentos
Quando as manobras vagais não interromperem os batimentos cardíacos acelerados, pode ser necessário o uso de medicamentos intravenosos.
Quando eficazes, os medicamentos antiarrítmicos podem continuar em uso por tempo indeterminado para evitar novos episódios de taquiarritmia.
Cardioversão
A carbioversão busca controlar o ritmo cardíaco por meio de choques elétricos no coração.
Ela é normalmente usada quando nem as manobras vagais nem os medicamentos funcionam.
Destruicão das vias de transmissão anômalas (Ablação por cateter)
A ablação é um tratamento intervencionista no qual um cateter é introduzido na virilha e direcionado por meio dos vasos sanguíneos até o coração.
Uma vez que chegue ao ponto de condução anômala,
sensores na ponta dos cateteres usam calor ou energia fria para bloquear os sinais elétricos irregulares e restaurar o ritmo cardíaco.
Após o procedimento, é necessário repouso relativo de 1 semana para cicatrização da perna. Nesse período, o paciente não deve dirigir ou realizar esforço físico. Para retorno às atividades físicas intensas, deve-se aguardar de 15 a 30 dias.
Os riscos com a ablação são relativamente baixos, com mortalidade de aproximadamente 1 para cada 1000 pacientes.