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Psicose

(Delírios e Alucinações)

O que é psicose?

Psicose é uma condição na qual a pessoas perde algum contato com a realidade, percebendo coisas ao seu redor que outras pessoas não percebem.

Isso pode envolver ver ou ouvir coisas que outras pessoas não conseguem ver ou ouvir (alucinações) ou acreditar em coisas que não são realmente verdadeiras (delírios).

Ela acredita de fato naquilo que está em sua mente como sendo uma realidade, sem perceber que está sofrendo com uma condição que é patológica.

Como consequência dos delírios e alucinações, a pessoa passa a apresentar agitação e comportamentos que são grosseiramente inadequados.

A agressividade contra sí ou contra terceiros é comum. Em alguns casos, isso pode inclusive levar a comportamentos suicidas.

Outras consequências da psicose podem ser o isolamento social, a dificuldade com os estudos ou trabalho

Alucinações

Alucinações são situações nas quais uma pessoa ouve, vê e, em alguns casos, sente, cheira ou saboreia coisas que não existem fora de sua mente, mas que podem parecer muito reais para ela.

Uma das formas mais comuns de alucinação é ouvir vozes que de fato não existem. Habitualmente, são vozes de comando, que dizem coisas desagradáveis, que eventualmente incitam a pessoa a se machucar ou a machucar aos outros.

No caso de alucinações visuais, a pessoa pode ver vultos, ver pessoas ou ver animais, por exemplo.

Delírios

Delírio é uma condição em que a pessoa acredita em coisas que não são realmente verdadeiras. Uma ilusão comum é alguém acreditar que há uma conspiração para prejudicá-la, sem que exista qualquer sinal real de que isso possa de fato estar acontecendo.

  • Delírios de perseguição: a pessoa entende que existe um complô contra ela e estão querendo prejudica-la. Ela pode entender que seus pensamentos estão sendo lidos ou que seus comportamentos estão sendo controlados por terceiros.
  • Delírios de percepção: a pessoa enxerga mensagens subliminares para ela na televisão, em outdoors ou no que está escrito na camiseta de uma pessoa, por exemplo.
  • Delírios míticos religiosos: a pessoa acredita que tem uma ligação com alguma entidade divina e que ela é representante dessa divindade, tendo recebido uma missão dela.
  • Delírio de grandeza: a pessoa acredita ter habilidades especiais e sobrenaturais. Por conta disso, acredita ter uma importância muito maior para a sociedade do que de fato tem.

Por conta dos sintomas acima, a pessoa perde o juízo crítico da realidade, prejudicando seu funcionamento e muitas vezes colocando ela em risco.

Os Pensamentos e a fala podem ficar desordenados. Os pensamentos vêm muito rapidamente, o que pode tornar a fala rápida e confusa.

A pessoa que sofre com psicose verdadeiramente acredita nesses pensamentos irreais, podendo ter dificuldade para entender que aquilo não faça sentido para os outros. Isso pode levar a sofrimento severo e mudanças no comportamento.

Causas da psicose

Diferentes condições podem contribuir para uma crise psicótica, incluindo:

  • uso indevido de álcool ou drogas
  • efeitos colaterais de medicamentos prescritos
  • Tumores cerebrais

Além disso, a psicose pode fazer parte do quadro clínico de condições específicas de saúde mental, incluindo:

  • Esquizofrenia: condição que causa uma série de sintomas psicológicos, incluindo alucinações e delírios.
  • Transtorno bipolar: condição que afeta o humor, com oscilações entre episódios de mau humor (depressão) e humor alto ou eufórico (mania). Na fase de mania, os sintomas psicóticos são comuns.
  • Depressão grave: algumas pessoas com depressão também apresentam sintomas de psicose quando estão muito deprimidas.

Avaliação da crise psicótica

A perda do juízo crítico com perda da capacidade do que é real e do que não pode colocar o paciente em risco, de forma que a internação muitas vezes se faz necessária como forma de proteger o paciente e também a terceiros.

Caso o paciente não tenha um diagnóstico prévio, o primeiro passo é realizar exames para descartar causas orgânicas para o surto. Especialmente nos idosos, a psicose pode se desenvolver a partir de descompensações de infecções urinárias ou respiratórias, do uso de medicamentos ou de outras condições clínicas em geral. Tumores ou outras lesões cerebrais podem também dar origem à psicose, bem como o abuso de substâncias. Tratando a causa, a psicose também tende a se resolver.

Descartadas essas hipóteses, devemos considerar então os transtornos psiquiátricos, como a Esquizofrenia, o Transtorno Bipolar ou a depressão grave.

Tratamento da psicose

O primeiro passo para o tratamento de um ataque psicótico é tratar os sintomas, o que geralmente envolve o uso de medicamentos antipsicóticos.

Além disso, pessoas com psicose têm risco elevado de automutilação e suicídio. Assim, ela precisa ser protegida, o que em alguns casos pode envolver a necessidade de internação.

Uma vez resolvido o surto psicótico, o passo seguinte é identificar e tratar a causa da psicose, sempre que possível.

Embora alguns medicamentos possam estar por traz de surtos psicóticos, nenhum medicamento deve ser abandonado sem orientação médica para isso.

A psicoterapia deve ser considerada, a depender da causa do problema.