Privação de Sono e Obesidade
Privação de sono e obesidade
Quando se fala em perda de peso, as primeiras coisas que vêm na cabeça de qualquer pessoa são exercício físico e bons hábitos alimentares. Um terceiro elemento igualmente importante, mas muitas vezes ignorado ou relevado a segundo plano é a boa qualidade do sono.
Como o sono ruim está associado ao ganho de peso?
Quando uma pessoa está sem dormir, os centros de recompensa no lobo frontal do cérebro ficam estimulados, procurando por algo que a faça se sentir bem. A forma mais comum de suprir esta necessidade é por meio do consumo de lanches ricos em gordura e carboidratos.
Além disso, o cansaço faz com que a capacidade de controlar os impulsos fique comprometida, de forma que estas pessoas pode ter problemas para dizer não a uma segunda fatia de bolo.
A falta de sono também provoca uma série de alterações hormonais relacionadas ao ganho de peso, incluindo uma maior liberação de cortisol. O cortisol é denominado de “hormônio do estresse”, uma vez que sua secreção aumenta frente a situações de estresse físico ou psicológico crônico, incluindo a falta de sono.
Uma das ações do cortisol é fazer com que a glicose sanguínea aumente, disponibilizando energia para enfrentar o estresse. Quando esta energia extra não é usada, a glicose é convertida em gordura e se acumula especialmente na forma de gordura viceral, justamente o tipo mais perigoso de obesidade.
Com níveis elevados de cortisol, o corpo também produz menos testosterona, levando a uma diminuição da massa muscular. Com menos testosterona para construir massa muscular, o corpo começa a queimar menos calorias, contribuindo para a obesidade.
Por fim, a falta de sono faz com que a pessoa se sinta mais fraca, sem energia. Assim, ela tende a fugir de atividades físicas. Há uma maior tendência de a pessoa que não dorme usar o carro ao invés de caminhar, usar o elevador ao invés de escada e assim por diante.
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