Pesquisar

Placenta Prévia

O que é a Placenta Prévia?

Placenta prévia é uma condição obstétrica em que a placenta se implanta total ou parcialmente sobre o colo do útero, ou muito próxima dele, obstruindo a saída do bebê durante o parto vaginal.

Essa é uma das principais causas de sangramento no terceiro trimestre da gestação.

Ela ocorre em aproximadamente 0,3% a 0,5% das gestações, sendo mais comum em mulheres com cesarianas anteriores ou histórico de procedimentos uterinos prévios. A incidência também aumenta com a idade materna e o número de gestações anteriores.

Causas e Fatores de Risco

As causas exatas não são totalmente conhecidas. No entanto, vários fatores foram associados a um risco aumentado de placenta prévia, incluindo:

  • Cicatrizes uterinas anteriores (ex: cesárea, curetagem, miomectomia).
  • Idade materna avançada (>35 anos).
  • Gestação múltipla.
  • Multiparidade (várias gestações anteriores).
  • Tabagismo.
  • Gravidez por reprodução assistida.
  • Histórico prévio de placenta prévia.

Quais os sintomas da Placenta Prévia?

O sintoma mais comum é o sangramento vaginal indolor no segundo ou terceiro trimestre da gestação.

Outros sinais e sintomas podem incluir:

  • Sangramento vermelho vivo, geralmente intermitente.
  • Ausência de dor abdominal ou contrações.
  • Apresentação fetal anômala (ex: pélvica ou transversa).
  • Útero normal ao exame físico.

⚠️ Importante: o exame de toque vaginal é contraindicado antes da confirmação diagnóstica, pois pode causar sangramento intenso.

Como é feito o diagnóstico?

O exame de escolha para diagnóstico na suspeita de placenta prévia é o Ultrassonografia transvaginal. Ele permite visualizar a localização exata da placenta em relação ao orifício interno do colo uterino.

O diagnóstico definitivo, no entanto, geralmente é feito aoenas após 20 semanas de gestação, já que antes disso pode ocorrer migração placentária.

Classificação da Placenta Prévia

A placenta prévia pode ser classificada nos seguintes tipos:

    • Placenta prévia total: cobre totalmente o orifício cervical interno.
    • Parcial: cobre parcialmente.
    • Marginal: encosta na borda do orifício.
    • Placenta de inserção baixa: placenta implantada a menos de 2 cm do orifício, sem cobri-lo.

Tratamento

O manejo depende da gravidade do sangramento, da idade gestacional e do tipo de placenta prévia.

Casos leves (sem sangramento ou sangramento leve):

  • Repouso relativo.
  • Acompanhamento com ultrassonografia seriada.
  • Restrições de atividade sexual e física.
  • Cesárea é a via de parto preferencial na maioria dos casos.

Casos graves (sangramento importante ou placenta prévia total):

  • Internação hospitalar.
  • Uso de corticoides para maturação pulmonar fetal, se <34 semanas.
  • Cesárea programada entre 36–38 semanas, ou mais cedo se houver sangramentos recorrentes.
  • Controle rigoroso de sinais vitais e exames laboratoriais.