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Peixes

Aspectos nutricionais do peixe

O peixe é um tipo de alimento muito presente na alimentação do brasileiro. Ele pode ser encontrado tanto na água doce quanto na água salgada, e pode ser consumido de várias formas, além de ser bastantes nutritivo.

Alguns peixes possuem a carne mais magra, enquanto outros possuem a carne mais gorda. Eles são fontes de proteínas de alto valor biológico, minerais (como cálcio, fósforo, potássio, magnésio e outros), vitaminas (D e do complexo B) e alguns são ricos em ômega 3.

Conheça mais sobre os peixes neste artigo.

Benefícios dos peixes

Ajudam a emagrecer
Os peixes são ótimas opções para quem deseja emagrecer, pois, dependendo do tipo e da forma de preparo, contêm poucas calorias.
Para isso, prefira peixes com menos teor de gordura e prepare-os de forma assada, grelhada ou cozida com pouco óleo.

Ajudam no crescimento muscular
Os peixes são ótimos alimentos para proporcionar o crescimento muscular, pois são fontes de proteínas que contêm todos os aminoácidos essenciais.
Os aminoácidos essenciais são os que mais contribuem para a hipertrofia das fibras musculares e estão presentes nos alimentos de origem animal.

Substituem as carnes vermelhas
Para aqueles que não podem ou não querem consumir carne vermelha, os peixes são ótimos substitutos.
Os peixes também fornecem as proteínas encontradas na carne vermelha.
Ainda que em menor quantidade, eles também contêm o ferro heme, que é o mesmo ferro encontrado nas carnes vermelhas.
Assim como as carnes vermelhas, os peixes também são fontes de vitamina B12, uma vitamina encontrada nos alimentos de origem animal e que previne anemia.

Ajudam a prevenir doenças cardiovasculares
Os peixes são fontes de gorduras insaturadas, que são as gorduras benéficas para o coração. A gordura insaturada ajuda a manter o controle dos níveis de colesterol e triglicerídeos.

Ação anti-inflamatória
Muitos peixes exercem ação anti-inflamatória no corpo por conta de seu teor de ômega 3, uma gordura saudável encontrada em vários peixes, como veremos mais adiante.

Tipos de peixes

Os peixes podem ser diferenciados quanto ao seu habitat e seu revestimento externo

Habitat
Quanto ao habitat, os peixes podem ser de água doce ou salgada.

  • Os Peixes de água doce são encontrados em rios, lagos, riachos e açudes. Alguns exemplos são: tilápia, pintado, bagre, tambaqui, pirarucu, pacu e vários outros.
  • Já os peixes de água salgada são encontrados nos mares e oceanos. Alguns exemplos são: pintado, pirarucu, salmão, bacalhau, atum, sardinha, linguado, pescada e muitos outros.

Revestimento externo
Quanto ao revestimento externo os peixes podem ter:

  • Escama: pirarucu, tambaqui, pacu, carpa, tainha, sardinha, salmão, linguado, namorado, bacalhau, anchova etc.
  • Couro: espada, cavala, bagre, peixe-serra, pintado etc.
  • Carapaça: cascudo.
  • Cartilagem: tubarão, arraia, enguia.

Qual o melhor: peixe de água doce ou salgada?

Tanto o peixe de água doce quanto o de água salgada são nutritivos, contendo proteínas, vitaminas e minerais.
A principal diferença entre eles está na concentração de ômega 3, que é mais presente nos peixes de origem marinha.

Qual o melhor: peixe com ou sem escama?

Peixe reimosos são aqueles que não possuem escamas. Já os peixes que possuem escamas são classificados como são reimosos.

Segundo o dicionário Caldas Aulete, reimoso “é tudo o que faz mal à saúde”.

Peixes com escamas são saudáveis, pois retém as impurezas, que não penetram na carne.

Já os Peixes de Couro, não reimosos, têm por hábito se alimentar de restos de peixes mortos e do dejeto orgânico do fundo de rios e mares.

Com o agravante da poluição e contaminação dos esgotos, esse tipo de peixe se torna ainda mais impróprio, pois sua dieta pode incluir dejetos e lixo orgânico tóxico e contaminado.

Os peixes de couro são reservatórios naturais de microorganismos patogênicos e pode agravar problemas e saúde de pessoas com doenças infecciosas ou inflamatórias.

Ainda sim, o peixe de couro é usado em vários pratos brasileiros. No entanto, o cuidado com o seu preparo deve ser enfatizado.

Peixes ricos em ômega 3

Uma categoria especial de peixes são os ricos em ômega 3, considerados os mais saudáveis.

O ômega 3 é um ácido graxo poli-insaturado essencial, ou seja, não é produzido pelo próprio organismo. Por isso, ele deve ser obtido de fontes externas, como a alimentação ou a suplementação.

O ômega 3 exerce muitas funções no corpo humano, e uma delas que destacamos é o seu potencial anti-inflamatório, ajudando a prevenir e a combater várias doenças de origem inflamatória.

Os peixes são as principais fontes naturais de ômega 3. São os que mais têm o ômega 3 em maior quantidade e o de maior qualidade.

Alguns exemplos de peixes ricos em ômega 3 são: sardinha, salmão, anchova, atum, arenque, carpa, truta, cavala, bacalhau etc.

Como consumir peixes

A principal forma de consumo de peixes em nossa cultura alimentar é como prato principal para acompanhar, principalmente, o arroz com o feijão. Pode ser preparado de forma assada, grelhada, frita ou cozida.

O mais recomendado é evitar as frituras, pelo fato de aumentar o teor calórico da preparação, além da fonte de gordura usada na fritura, que geralmente são os óleos refinados de soja, milho, canola ou girassol. São óleos considerados não saudáveis.

Dependendo do tipo de peixe, podem ser preparados de forma inteira (inclusive recheados), em postas, em filés, em iscas ou desfiados.

Alguns tipos de peixes também podem ser consumidos de forma crua. Ainda que não sejam tradicionalmente uma parte do nosso hábito alimentar, o peixe crú é muito utilizado na culinária oriental. Nas últimas décadas, a culinária asiática tem se difundido cada vez mais em nosso país.

Outras formas de se consumir peixes são como recheios de várias preparações, como, por exemplo, de tortas, escondidinhos, salgados para festas e outras, e como ingrediente de alguns pratos, como saladas, sopas, caldos, entre outros.

Os peixes também fazem parte de pratos típicos, como acompanhamento para o açaí (juçara no Nordeste), e para acompanhar pirão de farinha.

Como escolher o peixe na hora de comprar?

Os peixes podem ser comercializados de cinco formas: frescos, resfriados, congelados, secos ou enlatados.

Cada uma destas formas contém características importantes que devem ser observadas na hora de escolhê-los, até porque o peixe é um alimento que se degrada facilmente.

Antes de tudo, é preciso sempre escolher locais cuja procedência dos peixes seja de confiança e que tenham boa higiene.

Os pescados frescos, resfriados e congelados devem ser escolhidos apenas no final das compras. Assim, você permite a manutenção da qualidade desses alimentos. O ideal é que eles sejam transportados de forma a manter o seu tipo de conservação.

Peixes frescos

O peixe fresco é uma das formas de comercialização mais comum no Brasil, seja em peixarias ou em supermercados.

Pescado fresco é aquele que nunca foi congelado, mas é conservado no gelo. A proporção do gelo deve ser de 1kg de gelo para 1kg de pescado.

Na hora da compra, deve-se considerar as seguintes características:

  • A conservação deve ser a uma temperatura de 0° C a -2° C;
  • Ter aspectos semelhantes aos dos peixes vivos;
  • Livre de qualquer material físico, como terra, plástico, sabão ou qualquer outro tipo, inclusive insetos;
  • Ter a cor viva e característica;
  • Ter cheiro característico;
  • Possuir olhos salientes e brilhantes em caso de peixes inteiros;
  • Ter o couro firme e íntegro;
  • As escamas devem estar firmes e aderidas ao couro;
  • O muco deve ser brilhante e translúcido;
  • As brânquias/guelras devem estar com aspecto brilhante e ter tons avermelhados ou rosados vivos.

Já os peixes frescos impróprios para o consumo têm as seguintes características:

  • Olhos turvos e brânquias pálidas, pois indicam má conservação;
  • Cheiro ácido ou azedo;
  • Escamas que se soltam com facilidade.

Peixes resfriados

Assim como os peixes frescos, os peixes resfriados também são uma das formas de comercialização mais comum no Brasil.

Os peixes frescos e resfriados são as formas que mais possibilitam o consumidor analisar as características desses animais e chegar à conclusão se estão bons para o consumo ou não, principalmente através da cor, cheiro e textura.

As mesmas características observadas nos peixes frescos devem ser observadas nos peixes resfriados na hora da compra.
Mas a temperatura de armazenamento dos peixes resfriados deve variar de -2°C a 0°C.

Em caso de peixe fatiado, a carne deve estar firme e com a cor característica. Já em relação aos embalados, observe a data de embalagem e de validade, o peso líquido, a informação nutricional e a forma de conservação.

Peixes congelados

No caso dos peixes congelados, as seguintes características devem ser observadas na hora da compra:

  • Devem ser armazenados em temperatura adequada de congelamento, inferior a -15° C;
  • Devem estar bem embalados e sem acúmulo de gelo e água na embalagem;
  • Todas as informações devem estar no rótulo, como data da embalagem, data da validade, informação nutricional, informação do fabricante, selo de inspeção (federal, estadual ou municipal), entre outras informações;
  • O freezer de armazenamento dos pescados não deve conter água acumulada ou alimentos molhados, pois, caso haja, é indício de que o equipamento teve a temperatura reduzida ou foi desligado durante a noite.

Para descongelar o pescado, ele não deve ser colocado por horas em cima de uma bancada, mergulhado dentro de uma bacia com água, embaixo de água corrente ou sob o sol.

O método mais adequado de descongelamento é na própria geladeira para garantir tanto a qualidade do peixe quanto a segurança de quem consome, pois evita contaminações.

Para isso, retire o peixe do congelador ou freezer na noite anterior, coloque dentro de um recipiente e deixe na parte de baixo da geladeira até o dia seguinte, quando será preparado.

Outra forma de descongelamento é em forno microondas ou forno elétrico. Mas essa forma deve ser em último caso.

O peixe descongelado nunca deve ser congelado novamente, caso contrário, pode alterar a qualidade desse alimento e aumentar o risco de contaminação.

Peixes secos

O peixe seco é aquele dessecado inteiro e tratado com sal.
Na hora da compra, os seguintes itens devem ser observados:

  • Devem estar armazenados em temperatura de até 5°C ou de acordo com a orientação do fabricante;
  • Devem estar em locais limpos, protegidos de poeira e de qualquer tipo de bicho;
  • Não devem conter mofo;
  • Devem apresentar cheiro característico;
  • Devem ter cor característica, sem qualquer tipo de manchas.Um exemplo de peixe seco é o bacalhau, muito vendido na semana santa. Também pode ser vendido de forma dessalgada resfriada ou congelada.

Enlatados

Para os peixes enlatados, o ponto principal a se observar são as condições da lata. Não podem estar amassadas, estufadas ou com ferrugem.

Para muitas pessoas, os peixes enlatados são opções mais práticas de consumo, pois é só abrir a lata e comer. Porém, são as opções menos recomendadas, pois são processados, contendo aditivos que podem fazer mal à saúde.

Comparado ao peixe fresco, os peixes enlatados têm o seu valor nutricional reduzido e são armazenados em latas que contêm alumínio, um metal pesado que se acumula no corpo.

Por isso, os enlatados devem ser uma escolha esporádica.

Existem 4 tipos de peixes enlatados: em óleo ou azeite, em molho de tomate, em água e ao natural.

Desses 4 tipos, as conservas em óleo, apesar de serem os mais calóricos e ricos em sódio, são os que mais contêm ômega 3, pois o óleo ajuda a conservar o ômega 3 do peixe.

Os peixes em molho de tomate são ricos em glutamato de monossódico, açúcar e vários outros conservantes. Já os peixes em água e ao natural são os menos calóricos e que contêm menos aditivos.

Todos os peixes enlatados acabam tendo contaminação por metais pesados, como alumínio e mercúrio, presentes na lata. A diferença é que, os peixes em óleo ficam com menos metais porque os metais se juntam ao óleo e não à carne do peixe.

Em relação aos peixes em água ou os outros tipos, os metais se ligam aos peixes, e não aos seus molhos.

Por isso, em relação quando se trata de metais pesados, a melhor escolha seria os peixes enlatados em óleo, mas o óleo deve ser escorrido na hora de consumir o peixe.

Mas se a sua opção é em relação ao teor de calorias, o mais recomendado é aquele conservado em água ou ao natural. Os peixes enlatados em molho de tomate são os menos recomendados de todos os tipos.

Comer peixe cru é seguro?

Algumas culturas alimentares têm a presença de pratos que incluem peixes crus, como é o caso do sushi. Outros pratos bem conhecidos que utilizam peixes crus são o ceviche e o carpaccio.

Comer peixe cru é uma das formas de se obter ainda mais os benefícios que esses alimentos oferecem. Além disso, o consumo pode ser seguro, desde que levando em conta alguns fatores:

  • Saiba se a procedência do peixe é segura;
  • Se o peixe mantém características próprias, como cor, cheiro e textura.