Onfalite (infecção do coto umbilical)

Onfalite é o termo médico para a inflamação do coto do cordão umbilical do recém-nascido.

Geralmente, ela se desenvolve em decorrência de uma infecção bacteriana.

Após o nascimento, o cordão umbilical é cortado, com um pequeno remanescente (geralmente chamado de coto) deixado para trás. Este coto geralmente se desprende da pele do bebê entre 3 e 45 dias após o nascimento.

Eventualmente, certas bactérias podem crescer e infectar o coto durante esse processo, o que caracteriza a onfalite. Como resultado, podem ocorrer vermelhidão e inchaço significativos.

Clinicamente, os neonatos com onfalite apresentam nas duas primeiras semanas de vida sinais e sintomas de infecção de pele (celulite) ao redor do coto umbilical. Isso inclui vermelhidão, calor, inchaço, dor e, eventualmente, pús.

Além, disso, as bactérias causadoras da onfalite podem penetrar na corrente sanguínea e se espalharem pelo corpo, progredindo rapidamente para uma infecção generalizada e potencialmente fatal, chamada de sepse.

Entre os sinais que podem estar presentes no bebê com sepse incluem-se a febre, taquicardia, queda da pressão arterial, sonolência, inapetência e pele amarelada (icterícia).

A incidência da onfalite em países desenvolvidos é de 0,2% a 0,7%. Já nos países em desenvolvimento, esta incidência pode ser até dez vezes maior, entre 2 e 7% (1).
Assim como na maioria das infecções bacterianas, a onfalite é mais comum em bebês com sistema imunológico enfraquecido ou deficiente e também entre aqueles hospitalizados e submetidos a procedimentos invasivos.

O diagnóstico da onfalite geralmente é feito pelo médico pediatra a partir da observação do aspecto do coto do cordão umbilical.

O tratamento da onfalite é feito com antibióticos administrados na veia, geralmente por meio de um cateter venoso central inserido perifericamente.
Geralmente a duração do tratamento é de aproximadamente 2 semanas.