medicina e exercicio
Pesquisar
Pesquisar

Mastectomia

O que é a Mastectomia?

A mastectomia é um tipo de cirurgia para o tratamento do câncer de mama, no qual todo o tecido mamário é removido. Ela é feita pelo Médico Mastologista.

Esta é a cirurgia mais comum para o câncer de mama, podendo ser considerada tanto para a doença em estágio inicial como em estágio avançado.

Outros procedimentos podem ser feitos em conjunto com a mastectomia, incluindo a remoção de linfonodos ou a cirurgia reconstrutiva da mama.

A mastectomia deve ser diferenciada da Lumpectomia, procedimento no qual parte do tecido mamário ainda é preservado.

Outros Tratamentos

Em alguns casos, a cirurgia pode ser tudo o que o paciente precisa para o tratamento do câncer de mama. Em outros pacientes, ela poderá ser parte de um tratamento mais amplo, que pode envolver também a quimioterapia, radioterapia, terapia alvo ou hormonioterapia.

A quimioterapia, quando necessária, é feita antes da cirurgia, com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor e tratar eventuais células que tenham se espalhado pelo corpo, mas que não tenham sido detectadas pelos exames.

A radioterapia é feita após a cirurgia. Ela deve idealmente ter início entre 4 e 8 semanas após a cirurgia, a menos que haja uma razão médica pela qual seu início deve ser atrasado. Isso pode incluir, por exemplo, uma infecção na ferida ou um atraso na cicatrização.

A maioria das mulheres que fazem mastectomia não precisa de radioterapia. Entretanto, ela pode ser usada quando não houver segurança com as margens do tumor removido ou para tratar os gânglios linfáticos remanescentes.

Já a hormonioterapia, quando indicada, se inicia após a cirurgia e é mantida por 5 a 10 anos.

Indicações para Mastectomia

A mastectomia geralmente é indicada nas seguintes condições:

  • Tumores grandes, que não permitem a preservação com segurança de parte do tecido mamário;
  • Pacientes nos quais o uso da radioterapia não é recomendado.

Além disso, algumas mulheres com alto risco de câncer de mama podem optar por fazer uma mastectomia profilática, antes que o câncer se desenvolva.

Isso inclui especialmente mulheres com genes ligados ao câncer de mama, como o gene BRCA1 ou BRCA2.

Tipos de Mastectomia

Os tipos de procedimentos de mastectomia incluem:

Mastectomia Simples

Envolve a remoção de toda a mama, inclusive o mamilo, a pele e a aréola. Em alguns casos, também são retirados os linfonodos axilares.

Mastectomia Poupadora da Pele

Envolve a remoção do tecido mamário, mamilo e aréola, mas preservando a maior parte da pele.

Ela deve ser acompanhada da cirurgia reconstrutiva, com a colocação de prótese mamária.

Mastectomia Poupadora de Mamilo

Envolve a remoção do tecido mamário, mas com preservação da pele, aréola e mamilos.

Ela também deve ser acompanhada da cirurgia reconstrutiva, com a colocação de prótese mamária.

Mastectomia Bilateral

Algumas mulheres com acometimento pelo câncer em ambas as mamas podem precisar ter ambas removidas.

Na maior parte das vezes, porém, a mastectomia bilateral é feita por outros motivos.

Algumas mulheres com os genes BRCA1 ou BRCA2, e que portanto têm alto risco de desenvolver o câncer de mama, podem optar por realizar a mastectomia bilateral mesmo que não tenham o diagnóstico do Câncer de Mama ou que apresentem a doença em uma única mama.

A mastectomia profilática, nestes casos, reduz a probabilidade de um segundo câncer em até 95% (1).

No caso de mulheres sem os genes BRCA1 ou BRCA2, a mastectomia profilática não costuma ser feita com objetivo preventivo.

Entretanto, especialmente no caso de mulheres mais jovens, ela poderá ser considerada por razões estéticas, para que se consiga uma melhor simetria entre ambas as mamas após a cirurgia.

Como é feita a cirurgia?

A cirurgia é feita com a paciente anestesiada e deitada com a barriga para cima.

Diferentes incisões podem ser feitas, a depender do tipo de mastectomia realizada.

O tempo de cirurgia também pode variar bastante a depender do procedimento.

Independentemente do tipo de mastectomia realizado, o tecido mamário e os linfonodos removidos serão enviados para análise microscópica, ainda durante a cirurgia, para avaliar se as margens removidas estão livres do tumor.

Uma vez finalizada a remoção do tecido mamário, a cirurgia de reconstrução mamária poderá ou não ser feita pelo cirurgião plástico.

Reconstrução Mamária

A reconstrução mamária é um procedimento realizado com o objetivo de reconstituir o formato e a aparência da mama após uma cirurgia de mastectomia, realizada como parte do tratamento de um câncer de mama.

Ela pode ser feita no mesmo ato da mastectomia (reconstrução imediata), em um segundo tempo cirúrgico (reconstrução tardia) ou pode simplesmente não ser feita.

Ao se optar pela reconstrução, ela pode ser feita de diferentes formas:

  • Com um enxerto autólogo contendo pele, gordura e músculo, retirado geralmente do abdome ou costas;
  • Com prótese de silicone;
  • Com um expansor.

Recuperação Pós-Operatória

Após a mastectomia, a paciente fica no hospital geralmente por 1 a 3 dias. Isso dependerá da extensão do procedimento e se a reconstrução da mama foi feita no mesmo ato cirúrgico.

Uma bandagem é usada ao redor das mamas para evitar a formação de edema. Esta bandagem é removida geralmente entre 7 e 10 dias após a cirurgia. Depois disso, a paciente faz uso de um soutien específico por ao menos 30 dias.

Um dreno é utilizado para a remoção dos fluidos que tendem a se acumular após a cirurgia. Ele também será mantido por 7 a 10 dias, a depender da quantidade de fluido drenado. O dreno deve ser esvaziado duas a três vezes ao dia, sendo que o volume drenado deverá ser registrado para acompanhamento.

Hematomas e algum inchaço são comuns e esperados após a cirurgia.

A possibilidade de mobilização dos braços deve ser avaliada caso a caso. Deixar o braço completamente parado pode levar a rigidez pós-operatória e a um maior acúmulo de fluidos. Entretanto, mobilização excessiva pode piorar o sangramento.

A mobilização deve seguir um protocolo mais rígido no caso de uma reconstrução imediata com prótese, pelo risco de deslocamento do implante.