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Macrossomia fetal

O que é a macrossomia fetal?

A macrossomia fetal é definida como um peso fetal igual ou superior a 4.000 gramas, independentemente da idade gestacional. Algumas fontes utilizam o valor de 4.500 g como ponto de corte, especialmente em estudos voltados a risco de complicações no parto.

Ela está presente em 5% a 10% das gestações em geral, com maior incidência em países com alta taxa de obesidade e diabetes gestacional

Classificação

A macrossomia pode ser classificada em três níveis, quanto a gravidade:

Classificação Peso estimado
Macrossomia leve 4.000 a 4.499 g
Macrossomia moderada 4.500 a 4.999 g
Macrossomia grave ≥ 5.000 g

Diagnóstico

O diagnóstico na gestação é presuntivo, baseado na estimativa do peso fetal por ultrassonografia. No entanto, o exame tem margem de erro de até 10%, o que limita a precisão do diagnóstico antenatal.

Ultrassons seriados são importantes para acompanhar o crescimento fetal em casos de risco.

A confirmação é feita por meio da pesagem após o nascimento.

Fatores de risco para Macrossomia Fetal

Entre os fatores que aumentam o risco para a macrossomia fetal, incluem-se:

Complicações da Macrossomia Fetal

A macrossomia está associada a complicações tanto para o bebê como para a mãe.

O bebê apresenta risco elevado de hipoglicemia neonatal, além de maior risco de obesidade e diabetes tipo 2 na vida adulta.

Além disso, tanto a mãe como o bebê podem apresentar complicações decorrentes da desproporção entre o tamanho do bebê e o canal de parto, no caso de parto vaginal.

  • No bebê, a macrossomia pode levar a Distocia de ombros, fraturas de clavícula ou úmero, paralisia do plexo braquial.
  • Na mãe, pode provocar lacerações perineais graves, ruptura uterina ou hemorragia pós-parto.

Tratamento da Macrossomia Fetal

Durante a gestação, a gestante em risco deve ser submetida a controle rigoroso do ganho de peso e da diabetes gestacional.

Parto vaginal pode ser tentado se o peso estimado for < 4.500 g, sem outros fatores de risco.
No entanto, a cesárea eletiva é geralmente indicada se:

  • Peso estimado ≥ 4.500 g em gestante diabética
  • Peso estimado ≥ 5.000 g em gestante não diabética
  • Presença de sinais de desproporção cefalopélvica

Após o nasciemento, a glicemia do recém-nascido deve ser monitorada, com suporte neonatal conforme a necessidade.