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Patela Alta

O que é Patela Alta?


A Patela Alta é uma condição na qual a altura da patela está elevada em relação à articulação entre o fêmur e a tíbia.

Existem diferentes métodos radiográficos utilizados para o diagnóstico da Patela Alta, sendo que um dos mais utilizados é o que foi descrito por Catton-Deschamps, demonstrado na imagem abaixo.

ImagemPatela Alta 1
A altura da patela pode ser classificada pelo método de Catton-Deschamps da seguinte forma:

  • Patela baixa: abaixo de 0,8;
  • Altura patelar normal: de 0,8 a 1,2;
  • Patela Alta: acima de 1,2.

A Patela Alta raramente ocorre de forma isolada e frequentemente está associada a outros fatores que contribuem para um maior risco de Luxação da Patela, especialmente a displasia da tróclea.

Estes pacientes muitas vezes apresentam luxação de patela com traumas menores, pouco significativos.


Qual o problema da Patela Alta?


Quando a patela é alta, ela não se encaixa adequadamente na tróclea, reduzindo com isso a resistência à translação lateral da patela, o que favorece a luxação da patela.

Além disso, o paciente com Patela Alta também apresenta o tendão patelar alongado, o que contribui para uma maior instabilidade patelar.

A Patela Alta é uma causa comum e muitas vezes ignorada de luxação da patela. 24% dos pacientes com luxação da patela apresentam critérios diagnósticos da Patela Alta, o que acontece com apenas 3% das pessoas sem histórico de luxação da patela.

No paciente submetido à cirurgia por Luxação da Patela, 40% dos casos em que a patela volta a deslocar estão associados a uma Patela Alta.


Qual o tratamento da Patela Alta?


A correção da Patela Alta deve ser considerada especialmente no paciente com indicação cirúrgica para o tratamento de luxação recidivante da patela no qual o Índice de Caton-Deschamps for superior a 1,4 – ainda que a patela seja considerada alta quando o índice for superior a 1,2, a correção é habitualmente feita apenas quando for superior a 1,4.

Para corrigir a Patela Alta, é feita uma osteotomia da tuberosidade da tíbia, que é a proeminência óssea na qual o tendão patelar está preso. A seguir, o tendão é rebaixado juntamente com o fragmento ósseo, que é fixado em uma posição mais baixa por meio de dois parafusos.

A distalização da Tuberosidade da Tíbia pode ou não ser associada à medicalização da tuberosidade, a depender de outros critérios, como a medida do TAGT.

Juntamente com a distalização, pode ser feito um imbricamento do tendão patelar, com o objetivo de reduzir o comprimento total do tendão.