Líquen Escleroso

O líquen escleroso é uma doença crônica que faz com que a pele fique fina, branca e enrugada. Coceira, dor e bolhas também podem se fazer presentes.

Ainda que possa acometer homens e mulheres em qualquer idade, ele é mais comum em mulheres com mais de 50 anos.

Habitualmente, o Líquen escleroso acomete as áreas genitais e anais. Menos comumente ele pode acometer outras áreas, incluindo pescoço, ombro, mama, coxas ou boca.

O líquen escleroso não afeta os órgãos reprodutivos internos, como a vagina ou o útero.

A causa do Líquen Escleroso não está completamente esclarecida. Entretanto, parece haver uma ligação com o sistema imunológico e existe uma predisposição familiar, o que indica uma influência genética. A doença não é contagiosa.

A doença é mais comum em pessoas com outros tipos de doença autoimune, incluindo:

• Diabetes tipo 1;
• Vitiligo;
• Alopecia areata.

Os principais sinais e sintomas do Líquen Escleroso incluem:

• Contusões, bolhas e lacerações na pele;
• Coceira vulvar (muito comum);
• Dor durante a relação sexual;
• Ereções dolorosas;
• Coceira, sangramento ou dor anal;
• Dor ou sangramento ao evacuar;
• Dificuldade ou dor para urinar.

O diagnóstico é habitualmente feito a partir da história clínica e exame físico. A confirmação pode ser feita por meio de uma biópsia da lesão.

Eventualmente, exames adicionais são solicitados com o objetivo de descartar outros problemas, incluindo infecções ginecológicas / urológicas, vitiligo, outras doenças autoimunes, doenças da tireoide ou deficiência estrogénica.

O tratamento do Líquen Escleroso é habitualmente feito pelo Ginecologista no caso das mulheres ou Urologista no caso dos homens.

AS lesões fora das áres genitais habitualmente melhoram espontaneamente com o tempo. Entretanto, isso não costuma acontecer com as lesões genitais ou anais.

O tratamento geralmente se inicia com pomadas de corticosteroides. O objetivo com isso é reduzir a dor, coceira e inflamação.

O tratamento com corticoides por longo prazo costuma ser suficiente para o controle dos sintomas na maior parte dos pacientes.

Quando este não for o caso, outros tratamentos podem ser considerados, incluindo:

• Corticoides injetáveis;
• Antidepressivos tricíclicos em baixas doses (com objetivo de controle da dor crônica, não tem haver com tratamento da depressão);
• Retinoides;
• Fototerapia (tratamento com luz ultravioleta);
• Circuncisão, no caso dos homens.