Intolerância à frutose

A frutose é um açúcar simples (monossacarídeo), assim como a glicose. Quando uma molécula de frutose está unida a uma molécula de glicose, ela forma a sacarose, também conhecida como açúcar de mesa. Uma vez ingerido, a sacarose é quebrada para formar glicose + frutose.

A frutose é entre 1,2 e 1,8 vezes mais doce que sacarose, o que a torna o açúcar mais doce encontrado na natureza (1).

A frutose pode ser consumida na forma de um açúcar natural ou um açúcar adicionado, dependendo de sua origem:

Açúcar natural: quando consumido diretamente a partir das frutas ou vegetais ricos em frutose. Entre as fontes naturais de frutose, devemos considerar:

• Frutas: maçã, tâmara, figo, pera, ameixa e melancia (Fruta inteira ou sucos)
• Vegetais: alcachofra, aspargo, cogumelos, cebola e pimentão
• Mel
• Beterraba
• Cana-de-açúcar

Açúcar adicionado: quando consumido por meio de alimentos e bebidas nos quais o açúcar contendo frutose foi adicionado ao longo de sua produção, seja na forma de frutose cristalina, xarope de milho ou sacarose.

A frutose é um açúcar simples que pode ser consumido em sua forma isolada. Entretanto, ela também faz parte da estrutura de outros açucares, como a sacarose (Açúcar de mesa), xarope de milho e o sorbitol.

A maior parte da frutose que consumimos está na forma de sacarose e xarope de milho. Estes adoçantes são usados para produzir pães, sorvetes, bolos, refrigerantes e outros produtos industrializados.

O motivo para usar a frutose para adoçar alimentos é que a quantidade necessária para se obter o mesmo efeito adoçante é menor, quando comparado com a sacarose, ainda que tenha o mesmo número de calorias por grama.

A intolerância à frutose é uma condição que afeta uma a cada três pessoas em maior ou menor intensidade. Assim, esta é uma das formas mais comuns de Intolerância Alimentar.

Ela está relacionada a uma menor capacidade de absorção da frutose no intestino. Quando isso acontece, a frutose chega ao intestino grosso, onde sofre a ação das bactérias normalmente presentes na flora intestinal, levando aos sintomas característicos da intolerância à frutose.

Os sintomas de má absorção de frutose incluem:

• Náusea;
• Inchaço;
• Flatulência;
• Dor abdominal;
• Diarreia;
• Vômito;
• Fadiga crônica;
• Má absorção de certos nutrientes, como o ferro.

Além disso, a intolerância à frutose tem sido correlacionada a transtornos de humor e depressão. Isso porque ela A intolerância tem sido associada a níveis mais baixos de triptofano, que desempenha um papel importante no desenvolvimento de transtornos depressivos.

A forma mais simples de se diagnosticar a intolerância à frutose é eliminando a frutose da dieta. Observando-se a melhora dos sintomas, fica caracterizada a intolerância à frutose.

Caso as dúvidas diagnósticas persistam, pode-se optar pelo teste do hidrogênio expirado. Para realizar o teste, o consumo de carboidratos deve ser limitado na noite anterior ao exame e ficar em jejum na manhã do teste.

No momento do teste, o paciente recebe uma solução com alto teor de frutose para beber. Os gases espirados são coletados a cada 20 a 30 minutos e analisados.

Quando a frutose não é absorvida, ela sofre fermentação no intestino, onde a produção de hidrogênio é aumentada.

Todo o teste dura cerca de três horas.

Não existe nenhum tratamento específico além da redução no consumo de alimentos ricos em frutose.

A Intolerância está relacionada a uma menor capacidade de absorção da frutose, o que pode variar bastante de pessoa para pessoa. Para alguns, apenas uma pequena redução no consumo de alimentos ricos em frutose pode ser suficiente. Para outros, pode ser necessária uma abstinência quase completa.

Como exemplo, em um estudo, a ingestão de 5 ou 10 gramas de frutose provocou sintomas de intolerância em 10% do grupo, o que aumentou para 40% quando 20 gramas de frutose foram ingeridas (2).

Entre os alimentos que estão liberados para quem tem intolerância à frutose, devemos considerar:

• Produtos Lácteos: Leite, manteiga, margarina, queijo e iogurte natural;
• Adoçantes: Glicose ou qualquer adoçante que não contenha frutose, sacarose ou sorbitol.
• Vegetais: Brócolis, aipo, alface, espinafre, acelga, cogumelos e alcachofras.
• Temperos: Sal, vinagre, plantas aromáticas, especiarias e mostarda.
• Cereais: Aveia, trigo, cevada, centeio, arroz, tapioca e produtos feitos a partir deles, como pães, biscoitos e cereais, sem que estejam adoçados com frutose, sacarose, sorbitol, mel, melado ou xarope de milho.
• Proteína animal: Carnes, peixes e ovos são todos permitidos.
• Bebidas: Água, chá, café, cacau.
• Doces: Sobremesas e massas doces que não sejam adoçados com frutose, sacarose, sorbitol ou xarope de milho.