Imunoterapia

A imunoterapia é uma forma de tratamento contra o câncer que estimula o funcionamento sistema imunológico do corpo.

A imunoterapia pode atuar de diferentes maneiras:

• Estimulando o sistema imunológico a reconhecer e atacar células cancerígenas específicas;
• Aumentando a contagem de células imunológicas para ajudá-las a eliminar o câncer.

Existem diferentes formas de imunoterapia, que interferem no sistema imunológico por diferentes mecanismos.

Alguns tratamentos, por exemplo, usam engenharia genética para melhorar as capacidades de combate ao câncer das células imunes e podem ser chamados de terapias genéticas.

Diferentes técnicas de imunoterapia foram desenvolvidas para o combate a células cancerígenas, incluindo:

Vacina contra o câncer

Geralmente, a vacina contra o câncer utiliza antígenos semelhantes às das células cancerígenas, produzidas em laboratório, para “ensinar” o corpo a reconhecer este agente agressor e desencadear uma resposta imunológica, caso venha a ter contato com a célula cancerígena no futuro.

Atualmente, a única vacina em uso clínico no Brasil é a vacina contra o câncer causado pelo Papilomavírus Humano (HPV), especialmente o câncer de colo do útero.

Anticorpos Monoclonais

Os Anticorpos Monoclonais são proteínas produzidas em laboratório com ação semelhante aos dos anticorpos produzidos naturalmente pelo nosso corpo.

A palavra “monoclonal” refere-se justamente ao fato de que copias exatas (ou seja, clones) dos anticorpos naturais.

Eles ajudam o sistema de defesa a reconhecer diferentes tipos de células cancerígenas, sinalizando ao sistema imunológico para produzirem uma resposta para destruir estas células.

Terapia com Células CAR-T(/strong)

A Terapia com Células CAR-T envolve a retirada de linfócitos T do sangue e sua modificação em laboratório, adicionando-se receptores de antígenos na superfície das células T para que elas reconheçam e ataquem as células cancerígenas.

Entre os potenciais benefícios de usar o sistema imunológico para combater o câncer, devemos considerar que:

• O sistema imunológico é preciso, atingindo exclusivamente as células cancerígenas e poupando as células saudáveis;
• A imunoterapia não compromete a produção de glóbulos brancos, as células de defesa do organismo. Desta forma, o risco de infecção e internação é significativamente menor do que com a quimioterapia convencional;
• O câncer pode se adaptar de forma contínua e dinâmica, mas o sistema imunológico também é. Se um tumor conseguir escapar da ação dos medicamentos, o sistema imunológico é capaz de se adaptar para combater as células cancerígenas;
• A “memória” do sistema imunológico permite que ele seja ativado prontamente no caso de uma recidiva do câncer.

A imunoterapia não se aplica a todo tipo de câncer.

A indicação tem relação com o tipo de tumor e a fase do tratamento em que o paciente se encontra.

Atualmente, no Brasil, existem medicamentos imunoterápicos aprovados para os seguintes tipos de câncer:

• Pulmão;
• Rim;
• Bexiga;
• Estômago;
• Cabeça e pescoço;
• Alguns subtipos de câncer de mama;
• Alguns tipos de câncer de pele.

A imunoterapia é um tratamento com menor impacto na qualidade de vida do paciente e com menos efeitos colaterais quando comparado com a quimioterapia convencional.

Alguns efeitos colatrais que podem ser observados incluem:

• Falta de disposição;
• Coceira;
• Manchas na pele;
• Diarreia.