Herpes Zoster
O que é o Herpes Zoster?
O Herpes zoster é uma doença infecciosa causada pelo Varicella zoster vírus (VZV) ou herpes vírus humano tipo 3. Este é o mesmo vírus que causa a varicela (catapora).
A varicela é mais comum na infância e resulta da infecção primária.
Já o herpes zoster é mais comum no idoso, e tem origem na reativação do vírus após a primeira ocorrência de varicela. Aproximadamente 1% das pessoas acima de 50 anos desenvolvem a doença a cada ano (1).
Qual a causa do Herpes Zoster?
A reativação do VZV está associada a diferentes condições que diminuem a imunidade de um indivíduo, incluindo:
- Infecção pelo HIV;
- Câncer;
- Quimioterapia;
- Uso crônico de corticoides.
Independentemente de outras condições de súde, os idosos habitualmente apresentam menor imunidade, quando comparado com indivíduos mais jovens.
Além disso, as condições listadas acima e que também cursam com queda na imunidade também são mais comuns nos idosos.
Isso justifica a maior ocorrência do Herpes Zoster nesta faixa etária.
Sintomas
A dor é o sintoma mais importante. Ela costuma preceder o aparecimento das lesões de pele e pode persistir por várias semanas ou meses após a resolução das lesões.
Esta condição é conhecida como neurite pós-herpética.
A característica mais marcante da doença é a distribuição e localização da erupção, que costuma ocorrer do mesmo lado do corpo, não atravessando a linha média.
As lesões consistem em vesículas dispostas em trajeto linear, acometendo frequentemente o tronco, a face ou os membros.
Prevenção
A vacina contra herpes zoster é indicada para pessoas com mais de 50 anos, reduzindo o risco de ocorrência em cerca de 50%.
A imunização é feita com a vacina Zostavax, da MSD, de dose única. Ela é indicada para pessoas imunocompetentes acima da quinta década de vida.
Recentemente, chegou ao mercado brasileiro a vacina Shingrix, da GSK.
Com duas doses, esse imunizante é voltado para pessoas com mais de 50 anos e imunossuprimidos, que antes não tinham uma opção contra a doença.
A vacina contra catapora, tomada na infância, também pode minimizar o risco de desenvolver herpes zoster.
O Herpes Zoster pode ser transmitido?
O Herpes Zoster é causado pela reativação de uma infecção latente pelo vírus da varicela. Ninguem pega a doença através da exposição a outra pessoa com Herpes Zoster.
No entanto, se uma pessoa suscetível à varicela (ou seja, nunca teve varicela e não foi vacinada contra varicela) entrar em contato direto com uma pessoa com erupção do Herpes zoster, o vírus pode ser transmitido para a pessoa suscetível.
A pessoa exposta pode vir a desenvolver a varicela, não o Herpes zoster diretamente.
As pessoas com zoster devem manter as lesões cobertas pelas vestimentas, ter cuidado com a higiene pessoal, lavar as mãos após tocar nas lesões e evitar contato próximo com outras pessoas.
O contato com crianças ainda não completamente vacinadas deve ser evitado.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico costuma ser clínico. No estágio pré-lesão, pode ser confundido com outras causas de dor localizada.
Quando a erupção aparece, há poucas dúvidas quanto ao diagnóstico.
Tratamento da Herpes Zoster
Os principais objetivos do tratamento são limitar a extensão, duração e gravidade dos sintomas nas fases de agudização da doença.
Isso pode envolver o uso de analgésicos e drogas antivirais, que devem ser iniciados precocemente.
Antiretroviral
O herpes zoster é geralmente tratado com aciclovir administrado por boca.
Outros medicamentos antivirais incluem o fanciclovir e o valaciclovir.
Estes medicamentos são mais eficazes quando iniciados dentro de 72 horas após o início da erupção cutânea.
Analgesia
A dor do paciente com Neuralgia pós-herpética costuma ser bastante intensa, exigindo tratamento medicamentoso compatível com a intensidade da dor.
O uso de corticosteroide administrado por via oral pode proporcionar benefícios modestos na redução da dor do herpes zoster e na incidência de neuralgia pós-herpética.
Opióides fortes são habitualmente necessários para o controle da dor.
Antidepressivos tricíclicos ou anticonvulsivantes, muitas vezes administrados em baixas dosagens, também podem ajudar no controle da dor neuropática.
Capsaicina, adesivos de lidocaína e bloqueios nervosos também podem ser usados em alguns pacientes.
No caso de surgimento de lesão ao redor do nariz e olhos, deve-se procurar atenção médica imediata, devido ao risco de complicações como cegueira ou meningite.
Pode ser necessária internação para medicação venosa nestes casos.