Hérnia Inguinal

A hérnia inguinal é uma condição na qual se forma uma protrusão de parte do intestino ou outro órgão abdominal através de uma falha na parede abdominal na região da virilha.

A incidência da Hérnia Inguinal aumenta principalmente após os 40 anos, sendo que os homens são dez vezes mais acometidos do que as mulheres (1).

Cerca de 25% dos homens e 2% das mulheres desenvolverão uma hérnia inguinal ao longo da vida (2).

Muitos casos de hérnia não causam dor ou qualquer outro sintoma.

Para alguns pacientes, o abaulamento formado sob a pele é a única fonte de preocupação.

Entretanto, em alguns casos a protuberância herniada pode ser dolorosa. Isso acontece especialmente quando o paciente tosse, vai ao banheiro ou levanta algum objeto pesado.

A hérnia encarcerada acontece quando o conteúdo herniado ficar preso (encarcerado) na parede abdominal. Mesmo que o médico ou paciente pressionem a hérnia, ela não mais voltará para dentro da barriga.

O encarceramento pode obstruir o intestino, causando dor intensa, náusea, vômito e incapacidade de evacuar ou eliminar gases.

Além disso, há o risco de estrangulamento. Isso acontece quando o tecido herniado deixa de receber sangue.

Uma hérnia umbilical estrangulada terá sérias complicações, se não for tratada de imediato. Sem sangue, o tecido acometido morre (necrosa), resultando em infeção da cavidade abdominal e peritonite. Eventualmente, há inclusive o risco de morte.

Os sinais e sintomas de uma hérnia estrangulada incluem:

• Náuseas ou vômitos;
• Febre;
• Dor que se intensifica rapidamente
• Uma protuberância de hérnia que fica vermelha, roxa ou escura
• Incapacidade de evacuar ou eliminar gases

Hérnia inguinal pode acometer qualquer pessoa, sendo que em muitos casos não há nenhuma causa ou explicação aparente.

A hérnia inguinal no adulto geralmente se forma quando os músculos enfraquecem ou se deterioram devido ao envelhecimento.

Isso é mais comum em pessoas que realizam trabalhos ou esportes com esforço excessivo sobre a parede abdominal.

Condições que aumentam de forma prolongada o esforço sobre a parede abdominal também aumentam o risco para a hérnia. Isso inclui:

• Gravidez
• Tosse crônica
• Constipação crônica

• Doenças como a cirrose ou outras que aumentam a pressão dentro do abdome.

Em muitos casos, a hérnia inguinal é diagnosticada pelo Cirurgião geral ou Cirurgião de Aparelho Digestivo apenas com base no exame físico. Para isso, o médico solicita que o paciente realize um esforço abdominal, como tossir. Isso deve ser feito de preferência na posição em pé.

Em outros casos, o diagnóstico poderá ser feito por meio de exames de imagem. O melhor exame para isso é a ultrassonografia, com o radiologista solicitando que o paciente realize alguma forma de esforço durante o exame.

Quando a hérnia é pequena e não está incomodando, nenhum tratamento pode ser necessário além da observação e retorno regular ao médico, para verificar que a hérnia não esteja aumentando.

Hérnias inguinais em mulheres e aquelas que causam sintomas nos homens devem ser reparadas cirurgicamente.

O procedimento pode ser feito com anestesia local e sedação ou anestesia geral.

Uma incisão é feita na virilha. Em seguida, o conteúdo da hérnia é empurrado de volta para o abdome.

A falha da parede abdominal é então costurada. Em alguns casos, uma malha sintética poderá ser usada para reforçar a musculatura deficiente.

O paciente é estimulado a se movimentar de imediato após a cirurgia. Entretanto, pode levar várias semanas até que seja liberado para realizar atividades com maior esforço físico.

O reparo laparoscópico é feito sob anestesia geral. Pequenas incisões no abdome são feitas para a introdução de uma microcâmera e de instrumentos específicos para a realiação do reparo.

Para poder enxergar dentro do abdome, o mesmo é inflado com gás.

Além dos benefícios estéticos, a cirurgia minimamente invasiva provoca menos desconforto e permite um retorno mais rápido às atividades normais.

Ainda que o risco de recorrência da hérnia seja equivalente na cirurgia aberta ou laparoscópica, o risco de dor crônica é menor com a laparoscopia (3).