Hemograma

O hemograma é um exame de sangue usado para avaliar a quantidade e a qualidade dos três principais componentes do sangue: 

• Hemácias (células vermelhas);
• Leucócitos (células brancas);
• Plaquetas.

O eritrograma é a parte do hemograma que avalia as células vermelhas do sangue. 

Hematócrito (Ht)

O Hematócrito (Ht) É um índice que representa a participação das hemácias no volume total do sangue.

Ele é calculado dividindo-se o volume total das hemácias de uma amostra pelo volume total da amostra, a qual contém, além das hemácias, os leucócitos, as plaquetas e o plasma. 

Os valores de referência para homens são de 40 – 50% e para as mulheres de 36 – 45%. 

O hematócrito baixo pode ser indicativo de anemia, sangramento ou hiperidratação, enquanto o hematócrito alto pode ser indicativo, entre outras coisas, de desidratação.

Hemoglobina (Hb):

Teste que mede a quantidade de hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue, no interior das hemácias. A queda na hemoglobina para valores abaixo de 14g/dL nos homens e abaixo de 12g/dL nas mulheres caracteriza a anemia. 

Além do hematócrito e hemoglobina, o eritrograma avalia o formato e o tamanho das hemácias, o que é importante no diagnóstico da causa de eventual anemia. 

Leucograma

Leucograma é o estudo da série branca (ou leucócitos). 

Leucócitos, ou glóbulos brancos, são células de proteção produzidas pela medula óssea com a função de defender o organismo contra doenças, infecções e alergias. 

Os leucócitos são uma parte importante do sistema imunológico e a sua contagem avalia a resposta do organismo à diferentes doenças.

Além do número total de leucócios, é feita a contagem diferencial dos diferentes tipos de leucócitos, incluindo os neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. 

Cada uma destas células possui funções específicas no sistema de defesa do organismo, de forma que o aumento ou redução de cada um deles pode ser indicativo de tipos específicos de infecção (bacteriana, viral, parasitária, outros). 

Valores de referência:

A leucocitose se caracteriza por um aumento na quantidade total de leucócitos acima de 11.000 /mm³. Pode ser indicativo de infecções ou doenças do sangue como a leucemia. 

Já a leucopenia se caracteriza por uma contagem de leucócitos inferior a 4.500 /mm³. Ela pode ser decorrente de certos tipos de infecções virais ou do uso de medicamentos específicos, entre outras causas. A leucopenia leva a um estado de imunodepressão e maior risco de infecção.

Em relação ao diferencial de leucócitos, a interpretação é feita conforme segue abaixo:

• Aumento de neutrófilos: infecções bacterianas, reações inflamatórias ou doenças relacionadas à medula óssea, como a Leucemia Mieloide Crônica;
• Redução de neutrófilos: infecções graves e respostas a medicamentos, como a quimioterapia;
• Aumento de eosinófilos: resposta a reações alérgicas, inflamações de pele e infecções por parasitas;
• Aumento de linfócitos: infecções virais;
• Diminuição dos linfócitos: presença de doenças que afetam o sistema imunológico, como lúpus eritematoso disseminado e HIV;

Aumento dos monócitos: presença de infecções ou distúrbios inflamatórios.

Os valores normais de plaquetas variam entre 150.000 à 400.000 por microlitro de sangue. 

O aumento de plaquetas, também chamado de trombocitose, pode estar relacionado entre outras coisas a problemas no baço, que é o órgão responsável por destruí-las. Pode também estar relacionado a doenças inflamatórias, como a artrite reumatoide. 

Já a redução no número de plaquetas é chamado de Trombocitopenia. Ela pode estar relacionada a:

• Doenças hereditárias;
• Uso de certos medicamentos (especialmente quimioterápicos);
• Anemia;
• Dengue;
• Malária;
• Doenças autoimunes;
• Deficiência de Vitamina B12.