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Gestação pós-termo

O que é a gestação pós-termo?

A gestação pós-termo é definida como aquela que ultrapassa as 42 semanas completas de gestação, ou seja, 294 dias contados a partir do primeiro dia da última menstruação em uma mulher com ciclos regulares.

Quando a gestação tem entre 41 semanas e 41 semanas + 6 dias, ela é denominada de “gestação prolongada”.

Essa classificação é importante porque, a partir da 41ª semana, os riscos fetais e maternos aumentam progressivamente, justificando intervenções clínicas.

Causas e fatores associados

A maioria dos casos não tem causa definida. No entanto, alguns fatores estão relacionados a maior risco de gestação pós-termo, incluindo:

  • Primiparidade (primeira gestação)
  • História prévia de gestação pós-termo
  • Mãe nascida de gestação pós-termo
  • Obesidade materna
  • Idade materna avançada

Outra causa comum é o erro na datação gestacional, levando a falsos diagnósticos de gestação pós-termo. A datação imprecisa ou ausência de ultrassonografia precoce pode levar à superestimação da idade gestacional

Riscos e complicações da gestação pós-termo

A gestação pós termo aumenta os riscos tanto para o feto como para a gestante.

Riscos fetais e neonatais:

  • Macrossomia fetal: bebê grande, com risco aumentado de distocia de ombros e parto traumático
  • Oligodrâmnio, podendo levar à compressão de cordão umbilical e sofrimento fetal
  • Envelhecimento placentário, com redução do aporte de oxigênio e nutrientes
  • Aspiração de mecônio (síndrome de aspiração meconial)
  • Óbito fetal intrauterino (risco aumentado a partir de 41 semanas)
  • Convulsões neonatais e encefalopatia hipóxico-isquêmica

Riscos maternos

  • Aumento da taxa de cesariana
  • Lacerações perineais mais graves (em caso de macrossomia)
  • Hemorragia pós-parto
  • Infecção puerperal

Condutas na gestação pós-termo

Até 41 semanas, pode-se adotar conduta expectante com vigilância fetal.

A partir de 41 semanas, os riscos aumentam e as gestantes devem iniciar monitoramento fetal intensivo, por meio de perfil biofísico fetal, cardiotocografia (CTG) e avaliação do volume de líquido amniótico. A indução do parto pode também ser considerada.

Se não houver trabalho de parto espontâneo até 42 semanas, o parto deve ser induzido obrigatoriamente.