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Gastrite Nervosa

O que é a gastrite nervosa?

Apesar do seu uso corriqueiro, a Gastrite nervosa é um termo em desuso e tecnicamente incorreto.

Ele é usado para descrever uma condição desencadeada por situações estressantes e que tem sintomas semelhantes à gastrite, incluindo azia, sensação de queimação e empachamento.

A causa ainda não está bem clara. Mas, de alguma forma, ela está associada ao mau funcionamento dos nervos que controlam a motilidade e outras funções do estômago.

A gastrite nervosa não está associada a uma inflamação da mucosa gástrica, que é o que de fato é o que caracteriza uma gastrite.

Como não há inflamação, ela não evolui para úlcera e não está associada a maior risco para o câncer.

Atualmente, outros termos têm sido usados para se referir à Gastrite nervosa. Entre eles, incluem-se a dispepsia funcional e a Dispepsia não ulcerosa.

Ela é responsável por aproximadamente 6 a cada 10 pessoas que sofrem com desconfortos gástricos.

Sintomas da Gastrite Nervosa

Muitos dos sinais e sintomas de gastrite nervosa são semelhantes às da gastrite clássica. A principal diferença é que eles costumam ficar mais evidentes em períodos de estresse ou ansiedade.

Entre eles, incluem-se:

  • Dor em pontada no estômago;
  • Enjoo e vômitos;
  • Flatulência;
  • Arrotos frequentes;
  • Sensação de estômago cheio;
  • Barriga inchada e dolorida;
  • aumento da micção e dos movimentos intestinais;
  • Dor de cabeça;
  • Perda de apetite.

Diagnóstico

A gastrite nervosa não está associada a nenhuma alteração estrutural no estômago ou intestino.

A mucosa gástrica é normal, não há inflamação local e a quantidade de ácido no estômago também é normal.

Entretanto, clinicamente, a gastrite nervosa se comporte de forma parecida com outras formas de gastrite e outros distúrbios gastrointestinais. Assim, o diagnóstico somente será fechado após a realização de exames e quando nenhuma outra causa pode ser encontrada para os sintomas.

O principal exame para isso é a endoscopia, que será normal no caso da gastrite nervosa.

Por fim, vale considerar que muitos destes pacientes podem apresentar testes positivos para o H. Pylori.

Entretanto, diferentemente da Gastrite por H. Pylori, o paciente não apresenta a inflamação característica.

Ainda assim, uma vez feito o diagnóstico da infecção por H. Pylori, a mesma deve ser tratada.

Tratamento da Gastrite nervosa

A gastrite nervosa está associada a um mau funcionamento fisiológico da inervação gastrointestinal. Desta forma, não existe nenhum tratamento específico para ela.

O objetivo está mais relacionado ao controle dos sintomas do que à cura do problema.

Assim, é preciso que o paciente compreenda que é esperado que ele volte a apresentar sintomas de tempos em tempos.

O controle dos sintomas pode ser feito por uma combinação de medicamentos antiácidos com uma dieta apropriada.

Alimentação para o paciente com Gastrite nervosa

O paciente com Gastrite nervosa deve buscar uma alimentação rica em frutas e hortaliças com propriedades antioxidantes e carotenoides.

A maçã é uma das frutas mais indicadas, por conta de seu efeito antiácido.

As frutas vermelhas também são uma boa opção. Isso porque elas contêm flavonoides, compostos antioxidantes conhecidos pelo seu poder anti-inflamatório e cicatrizante.

Por outro lado, é preciso que se evite as frutas ácidas, incluindo o limão, laranja e abacaxi.

O paciente deve dar preferência por vegetais e verduras cozidas, uma vez que eles são mais fáceis de digerir.

A batata é uma boa opção, uma vez que ela ajuda a reduzir a acidez do estômago.

Deve-se também dar preferência para carnes magras e com pouca gordura, como frango e peixes. Eles devem idealmente ser consumidos assados, grelhados ou cozidos.

Os peixes, especialmente os de água fria, são uma ótima uma ótima opção, já que eles possuem ômega-3, o que ajuda a reduzir a inflamação do estômago.

Outros alimentos indicados para quem tem gastrite incluem:

  • Leite desnatado;
  • Iogurte natural integral;
  • Grãos integrais, como pão integral (absorve parte do suco gástrico que ajuda a agravar os sintomas da gastrite), arroz integral e macarrão integral;
  • Chás tipo camomila;
  • Café descafeinado;
  • Queijos brancos, como ricota, minas frescal ou coalho light;
  • Temperos naturais, como ervas finas, alho, cebola, salsinha, coentro, mostarda e gengibre.

Os alimentos devem ser ingeridos em pequenas quantidades, evitando-se os exageros nas refeições.

Períodos prolongados de jejum também devem ser evitados.

Pior fim, o paciente com gastrite deve buscar consumir ao menos dois litros de água por dia.

Alimentos a serem evitados

Já a lista daqueles alimentos que devem ser evitados na dieta para gastrite inclui:

  • Carnes processadas: salsicha, linguiça, bacon, presunto, peito de peru, salame, mortadela;
  • Queijos amarelos e processados;
  • Molhos prontos;
  • Temperos prontos, caldos de carne e macarrão instantâneo;
  • Comida pronta congelada e fast food;
  • Refrigerantes, sucos prontos, café, chá verde, chá mate, chá preto;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Açúcar e doces em geral;
  • Sal em excesso;
  • Farinha branca, incluindo bolos, bolachas e pães brancos;
  • Frituras
  • Alimentos ricos em gordura, como carnes gordas e pele de frango.