Extrassístoles ventriculares e supraventriculares
Extrassístole é um termo médico utilizado para descrever uma batida cardíaca extra e precoce, quando comparada a batida anterior. Ela pode ser classificada como supraventricular, quando acontece nos nas câmaras superiores do coração (átrios), ou ventricular, quando ocorre nas câmaras inferiores do coração (ventrículos). As extrassístoles podem ser consideradas como uma espécie de arritmia cardíaca pontual, que podem ocorrer de forma isolada, mas pode também ocorrer de forma recorrente em outros pacientes. O que é uma extrassístole?
Causas das extrassístoles
Muitas extrassístoles acontecem sem nenhuma razão aparente ou conhecida, sendo assim denominada de idiopática.
Em uma parcela dos casos, as extrassístoles são idiopáticas, ou seja, ocorrem sem uma razão aparente ou conhecida. Situações que envolvam estresse emocional, falta de sono ou o consumo de álcool, energético, cafeína, remédios de emagrecimento ou drogas ilícitas podem contribuir para a ocorrência dessas extrassístoles, devido à liberação de grandes doses de adrenalina no organismo.
Em outros pacientes, porém, as extrassístoles podem estar associadas a lesões ou doenças cardíacas prévias, podendo inclusive ser o primeiro sinal dessas condições.
Alguns estudos demonstram também que a presença de extrassístoles aumenta conforme a idade avança, principalmente depois dos 40 anos.
Extrassístoles ventriculares X supraventriculares
As extrassístoles podem ser classificadas em dois tipos, de acordo com o local em que acontecem:
Ventriculares: mais comuns nos corações saudáveis, têm origem nos ventrículos, que são as câmaras inferiores do coração.
Supraventriculares: geralmente associado a uma falha na ação do nó sinoatrial, localizado no átrio direito.
Sinais e sintomas das extrassístoles
Extrassístoles isoladas geralmente não provocam sintomas e passam desapercebidas pelo paciente. Muitas vezes sào observadas apenas ao se realizar um exame de rotina, como o eletrocardiograma, hotter ou teste de esforço.
Quando se tornam recorrentes, podem desencadear sintomas como palpitação, falta de ar, palpitação, tontura, desconforto torácico.
Investigação das extrassístoles
A maioria dos casos de extrassístoles são considerados benignos e não exigem uma preocupação maior do paciente, especialmente entre aqueles que não possuem o diagnóstico prévio de uma cardiopatia estrutural.
Ainda assim, elas precisam ser investigadas. Isso porque existem algumas doenças cardíacaspodem se manifestar inicialmente por meio das extrassístoles.
A história clínica ajuda a direcionar o cardiologista para a investigação de possíveis causas.
A investigação deve incluir também um Hotter, um aparelho portátil que monitora o coração ao longo de um período de 24 horas. Esse exame ajuda a investigar se a extrassístole foi um evento isolado ou se ocorre de forma recorrente.
Em certas circunstâncias, poderá ser indicado também a realização de um Teste de Esforço (Teste Ergométrico), para avaliar como o coração se comporta durante o esforço. Se as extrassítoles continuarem ocorrendo durante o teste, a probabilidade de uma condição cardíaca por trás das extrassístoles será maior.
Além do Hotter e do teste ergométrico, outros exames podem ser considerados a depender de eventuais sintomas ou outros achados na avaliação do paciente.
Tratamento
Para definir qual é o tratamento mais adequado para as extrassístoles, primeiramente é necessário investigar a origem dessa condição. Em uma parte dos casos,
Nos casos de extrassístoles isoladas e assintomáticas, onde outras condições cardíacas foram desconsideradas, o cardiologista pode sugerir somente um acompanhamento médico periódico e a eliminação dos agentes estressores que estão provocando os batimentos prematuros.
Na presença de lesão ou patologia cardíaca, o tratamento dependerá de qual a condição que está provocando as extrassístoles.