Espondilite Anquilosante
O que é a Espondilite Anquilosante?
A espondilite anquilosante é uma doença inflamatória que provoca a fusão entre as vértebras da coluna.
Essa fusão torna a coluna menos flexível e pode resultar em uma postura curvada para a frente.
Se as costelas forem afetadas, a respiração profunda pode ficar prejudicada.
A espondilite anquilosante afeta mais aos homens do que `as mulheres. Os sinais e sintomas geralmente começam no final da adolescência e início da idade adulta.
A inflamação também pode ocorrer em outras partes do corpo, principalmente nos olhos e coração.
Não existe cura para a espondilite anquilosante. Entretanto, o tratamento pode controlar os sintomas e, possivelmente, retardar a progressão da doença.
Qual a causa da Espondilite Anquilosante?
A Espondilite Anquilosante é uma doença autoimune, o que significa que o sistema imunológico reconhece células normais do próprio corpo como se fosse um agressor, gerando uma resposta para combate-las.
Entretanto, o que faz uma pessoa desenvolver esta resposta autoimune é desconhecido.
Fatores genéticos pareçam estar envolvidos. Pessoas que têm um gene chamado HLA-B27 têm um risco muito maior de desenvolver espondilite anquilosante. No entanto, apenas uma menor parte das pessoas com o gene desenvolvem a doença.
Quais os sintomas da Espondilite Anquilosante?
Os primeiros sinais e sintomas de espondilite anquilosante incluem dor e rigidez na parte inferior das costas e quadris, especialmente pela manhã e após períodos de inatividade. Dor no pescoço e fadiga também são comuns.
Além dos problemas relacionados à coluna, pacientes com espondilite anquilosante podem eventualmente apresentar alterações visuais e alterações cardiológicas.
O paciente pode apresentar dor nos olhos, sensibilidade à luz e visão turva.
Diagnóstico
O diagnóstico da espondilite anquilosante deve ser feito a partir do conjunto de achados da história clínica, exame físico, exames de imagem e exames laboratoriais. Não existe um teste específico para a confirmação do diagnóstico.
O diagnóstico da espondilite anquilosante deve ser considerado na presença de ao menos quatro dos cinco fatores abaixo (1):
- Idade de início inferior a 40 anos;
- Início insidioso;
- Melhora com exercício;
- Ausência de melhora com repouso;
- Dor noturna que melhora algum tempo após acordar.
As radiografias tendem a ser normais no início. Nas fases mais avançadas, elas mostram as vértebras fundidas. A ressonância magnética permite um diagnóstico mais precoce da espondilite anquilosante.
O paciente pode ainda ser testado para a presença do gene HLA B27. 90% dos pacientes com espondilite anquilosante são positivos para este gene. Por outro lado, grande parte das pessoas que possuem o gene não vêm a desenvolver a doença (2).
Olhos e coração devem ser avaliados em todos os pacientes com suspeita de espondilite anquilosante.
Tratamento
O objetivo do tratamento da Espondilite Anquilosante é aliviar a dor e a rigidez e prevenir ou retardar complicações e deformidades da coluna vertebral.
Ele terá mais sucesso quando iniciado antes que a doença cause danos irreversíveis às articulações.
O tratamento medicamentoso pode envolver o uso de analgésicos e anti-inflamatórios e medicações específicas, como os bloqueadores do fator de necrose tumoral (TNF) ou inibidores da interleucina 17.
A fisioterapia ajuda a minimizar a perda da mobilidade na coluna e a melhorar os padrões de movimento.
Prognóstico
O prognóstico da Espondilite Anquilosante é bastante variável.
Algumas pessoas melhoram após um período inicial de inflamação e podem permanecer totalmente independentes ou minimamente incapacitadas a longo prazo.
Outras pode piorar progressivamente ao longo do tempo e ficar gravemente incapacitadas como resultado da fusão dos ossos da coluna em uma posição fixa, além dos danos a outras articulações, como quadris ou joelhos.