Endoscopia Digestiva Alta

A endoscopia digestiva alta é um procedimento feito pelo gastroenterologista para examinar visualmente o aparelho digestivo superior, incluindo o esôfago, estômago e a parte superior do intestino delgado.

Ela é feita por meio da introdução de um cabo fino e flexível através da boca. Este cabo, chamado de endoscópio, contém uma câmera em sua extremidade.

O endoscópio é progredido através do aparelho digestivo superior, gerando imagens ao longo do seu trajeto.

A endoscopia é realizada pelo Médico Endoscopista.

O médico especializado em Endoscopia Digestiva Alta tem uma formação ampla e diversificada.

Além da graduação em Medicina, é necessário e residência médica em áreas definidas pela AMB como pré-requisitos para se tornar um endoscopista digestivo, incluindo:

• Clínica Médica;
• Cirurgia Geral;
• Gastroenterologia;
• Cirurgia do aparelho digestivo;
• Coloproctologia;
• Gastroenterologia Pediátrica.

Além disso, estes profissionais devem realizar uma residência ou estágio reconhecidos pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), com 2 anos de duração, além de ser aprovado em prova de Título de Especialista em Endoscopia Digestiva.

A Endoscopia Digestiva Alta pode ser usada com o objetivo tanto de diagnóstico como para tratamento.

Ela geralmente é indicada na presença de sintomas como:

• Azia;
• Náusea ou vômitos;
• Dor abdominal;
• Dificuldade para engolir (odinofagia);
• Sangramento gastrointestinal.

Ao se identificar uma alteração no revestimento dos órgãos, instrumentos específicos podem ser introduzidos através do endoscópio para a realização de uma biópsia.

Uma vez identificado um sangramento, este sangramento poderá ser estancado por meio da endoscopia.

A Endoscopia pode também ser usada para a retirada de corpos estranhos ou para a remoção de pólipos, por exemplo.

Por fim, a endoscopia de rotina pode ser solicitada como forma de acompanhamento de rotina para os pacientes com doenças que acometem o trato digestivo superior.

Para fazer uma Endoscopia Digestiva Alta, o paciente deve manter jejum de alimentos sólidos por oito horas e de líquidos por ao menos quatro horas.

Medicamentos anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários devem idealmente ser interrompidos nos dias anteriores à endoscopia, para evitar sangramentos excessivos. Isso deve ser discutido individualmente no momento de agendar a endoscopia. Outros medicamentos também devem ser avaliados caso a caso.

No momento do exame, o paciente fica deitado na mesa de exame, com a barriga para cima ou, eventualmente, deitado de lado.

O paciente é então monitorado para controle da respiração, pressão arterial e frequência cardíaca.

A seguir, ele recebe um sedativo e um anestésico local. Um protetor bucal também poderá ser usado, para manter a boca aberta durante o exame.

O endoscópio é então inserido em sua boca. O paciente pode sentir alguma pressão na garganta, mas não deve sentir dor.

Ao se identificar uma lesão ou área suspeita, o endoscopista poderá optar por realizar uma biópsia.

Na presença de sangramentos, este poderá ser estancado por meio de instrumentos específicos.

Outros procedimentos poderão ser realizados junto com a endoscopia, como a remoção de corpos estranhos.

Após a endoscopia, o paciente é mantido em uma sala para recuperação por uma hora ou mais, antes de ser liberado para casa.

Devido ao uso de sedativos, o paciente não poderá dirigir após o procedimento.

Quando estiver em casa, Alguns sintomas desconfortáveis poderão ocorrer, incluindo:

• Inchaço e gases
• Cólicas
• Dor de garganta

Esses sinais e sintomas devem melhorar ao longo dos primeiros dias.

No dia seguinte, é esperado que o paciente seja capaz de retomar a maior parte de suas atividades rotineiras.