Colangite e Coledocolitíase
O que é a colangite e a coledocolitíase?
Colangite é a infecção bacteriana do ducto biliar.
Ela geralmente se desenvolve em decorrência da coledocolitíase, que é a obstrução das vias biliares causada pelo deslocamento de uma pedra da vesícula para o ducto biliar.
Entretanto, outras possíveis causas devem ser consideradas, como uma tumoração benigna ou maligana, por exemplo.
O ducto biliar é um canal que conecta a vesícula biliar ao intestino delgado. Por sua vez, a vesícula biliar é uma bolsa responsável por armazenar o suco biliar, um suco digestivo produzido pelo fígado e que é importante para o processo de digestão e absorção de gordura.
Quais os sintomas da Colangite?
A colangite é caracterizada por febre, icterícia e dor na região superior direita (flanco direito) ou região central do abdome, logo abaixo do esterno.
A combinação destes três sintomas é denominada de Tríade de Charcot. Entretanto, apenas 60% dos pacientes apresenta os três sintomas concomitantemente.
O sintoma mais comum é a febre, seguido de icterícia. A dor abdominal pode estar presente, mas geralmente não é grave.
Eventualmente, a estagnação da bile pode haver à formação de pus e aumentar a pressão nas vias biliares.
Quando as bactérias entram na circulação sanguínea, o paciente pode apresentar choque séptico e depressão de Sistema Nervoso Central.
Diagnóstico
O quadro clínico do paciente pode ser confundir facilmente com outras condições das vias biliares, incluindo colecistite, hepatite, abscessos hepáticos ou pancreatite.
O melhor exame para fazer o diagnóstico diferencial entre estas condições é a ultrassonografia.
A tomografia computadorizada também pode ser usada para isso.
Tratamento
Na colangite não complicada, o primeiro passo no tratamento da colangite é o uso de antibióticos, para combater a infecção.
Geralmente, o paciente já tem grandes sinais de recuperação em até 48 horas após o início do tratamento com antibióticos.
Uma vez que a infecção esteja sob controle e o paciente sem febre, é indicado o tratamento cirúrgico de forma eletiva, para desobstrução de arvore biliar.
Quando a colangite evolui com sepse (infecção generalizada), a desobstrução cirúrgica do colédoco se faz necessária (1). Sem isso, o paciente não melhora da infecção e a tem piora progressiva, sendo fatal em 100% dos casos (2).
Ela pode ser feita por meio da Colangiopancreatografia Retrograda Endoscópica (CPRE) ou por meio da drenagem biliar trans hepática percutânea. Mesmo com o tratamento adequado, estes casos têm prognóstico ruim, com até 25% de mortalidade.