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Cirurgia Conservadora da Mama (Lumpectomia)

O que é a Cirurgia Conservadora da Mama?

A Cirurgia Conservadora da Mama é um procedimento no qual o tecido cancerígeno é removido junto com uma porção de tecido saudável, embora preservando parte do tecido mamário. Ela é também chamada de Lumpectomia. O termo deriva do ingles “Lump”, que significa nódulo. Assim, Lumpectomia significa “remoção do nódulo”. Outras possíveis denominações incluem a Quadrantectomia, Mastectomia Parcial ou Mastectomia Segmentar.

Em muitos casos, o procedimento é seguido pela radioterapia, para garantir que nenhuma célula cancerígena tenha ficado para trás. Algumas mulheres também podem receber outros tratamentos, como terapia hormonal ou quimioterapia.

Quais as indicações para a Cirurgia Conservadora da Mama?

A Cirurgia Conservadora da Mama costuma ser uma boa opção para mulheres com câncer em estágio inicial.

Isso inclui, geralmente, tumores com menos de 5cm, mas que também sejam pequenos em relação ao tamanho total da mama.

Existe Risco de Recorrência do Câncer?

Algumas pessoas com indicação para a Cirurgia Conservadora da Mama ficam com medo do procedimento ou mesmo podem optar em realizar a mastectomia com medo de que o tecido mamário preservado possa aumentar o risco de recorrência do câncer.

Toda paciente com câncer de mama, mesmo que em estágio inicial, correm o risco de ter células cancerígenas que não foram completamente eliminadas durante a cirurgia.

Estas pacientes correm o risco de apresentar uma recorrência do câncer.

A recorrência se deve a presença residual de células cancerígenas que foram capazes de se multiplicar e de formar um novo tecido cancerígeno.

Tratamentos adjuvantes, como a radioterapia ou a quimioterapia, ajudam a minimizar este risco.

Estudos mostram que a cirurgia conservadora no câncer de mama em estágio inicial, quando combinado com a radioterapia, apresentam risco de recorrência semelhante ao de pacientes submetidos a mastectomia, com a remoção de todo o tecido mamário (1).

Avaliação das Margens do Tumor

Ao se realizar uma Cirurgia Conservadora da Mama, o tumor deve ser removido junto com uma margem de tecido saudável, para minimizar o risco de que células cancerígenas tenham ficado para trás.

Para isso, o tecido removido é avaliado pelo patologista ainda durante a cirurgia e depois revisto no laboratório.

Quando as células cancerígenas não forem observadas em nenhuma das bordas do tecido removido, diz-se que ele tem margens negativas. Idealmente, esta margem deve ser de ao menos 2mm.

Uma margem inferior a 2mm é classificada como margem próxima. Quando as células cancerígenas são encontradas na borda do tecido, diz-se que a margem positiva.

Nestes casos, poderá ser indicada uma nova abordagem cirúrgica ou tratamentos como a quimioterapia.

Reconstrução Mamária Pós-Cirurgia Conservadora da Mama

Ainda que parte do tecido mamário seja preservado, a cirurgia pode levar à uma assimetria entre os dois peitos.

Algumas mulheres podem aceitar esta diferença e optam por não realizar nenhuma forma de cirurgia reconstrutiva.

Outras optam por remover parte do tecido mamário da outra mama, para deixá-las simétricas.

Por fim, é possível optar pela implantação de uma prótese. Nos pacientes com programação para realizar radioterapia, pode ser discutível a realização da prótese no mesmo ato da mastectomia parcial ou em um segundo tempo cirúrgico.