Carga de Treino e Fadiga
Carga de treino é uma métrica que mede o esforço despendido durante uma sessão de treino. Ela pode ser diferenciada em duas formas: Carga externa A carga externa se refere ao trabalho realizado pelo atleta, medido independentemente do esforço que ele faz para isso. Um exemplo disso seria “correr 10 km a um ritmo de 4 min/Km”. Carga Interna Carga interna se refere ao estresse fisiológico provocado pelo treinamento. Ou seja, é o nível de esforço que o atleta dispende para realizar uma atividade. Ela depende da relação entre a carga externa e a capacidade física do indivíduo. À medida em que um atleta desenvolve uma maior capacidade física, é esperado que ele consiga realizar a mesma atividade (carga externa) com menor nível de esforço (carga interna). manter a carga externa de treinamento com uma menor carga interna. Além da capacidade física, a carga interna é também influenciada por outros fatores, como o nível de estresse ou as condições climáticas. Assim, uma mesma atividade física (carga externa) pode exigir um nível de esforço significativamente maior (carga interna) quando realizado em calor extremo ou em um dia muito úmido. O que é a Carga de Treino?
O que é a fadiga?
Fadiga pode ser definida como o desgaste provocado por um esforço, aumentando assim a dificuldade necessária para realizar a mesma atividade.
Ela pode levar a uma incapacidade de completar uma tarefa que era possível de ser realizada até o inicio de um esforço prévio.
Quando estamos na academia, por exemplo, e temos que fazer uma série de 15 movimentos para o bíceps, a percepção de esforço aumenta gradativamente ao longo da série. Eventualmente, podemos não mais conseguir completar um movimento, devido à exaustão. Isso acontece por conta da fadiga.
Em outras palavras, a fadiga acontece quando há um descompasso entre a carga externa e a carga externa. Assim, o esforço que um indivíduo realiza (carga interna) passa a ser maior, mesmo que a tarefa (carga externa) seja a mesma.
Qual a importância de monitorar a fadiga e carga de treino no esporte?
A fadiga é uma parte fundamental de qualquer atividade física. Sem gerar fadiga, as adaptações físicas esperadas com o exercício não ocorrem.
Por outro lado, quando em excesso, ela pode levar a perda de rendimento e maior risco de lesão.
Ninguém consegue manter a performance em nível máximo por período prolongado, já que o desgaste (fadiga) supera a capacidade de recuperação do corpo.
Assim, durante um ciclo de treinamento, a carga de exercícios deve ser constantemente ajustada com o objetivo de atingir o pico de performance próximo de uma competição principal.
Monitorar a carga de treinamento de um atleta bem como os níveis de fadiga é importante para determinar se ele está se adaptando ao programa de treinamento da forma como foi planejado e para minimizar o risco de esforço excessivo e não funcional.
Quando o monitoramento indica que o nível de esforço foi maior do que o esperado para uma atividade ou quanto a recuperação entre dois treinos foi abaixo da esperada, deve acender um alerta no preparador físico ou fisiologista de que a carga de treino nos treinos subsequentes precisa ser ajustada de forma a permitir uma melhor recuperação.
Escala de Percepção de esforço
A classificação da Percepção de Esforço é um dos meios mais comuns de avaliar a carga interna.
Ela é aplicada por meio de questionários que o atleta responde após o treino. A mais utilizada é denominada de Escala de Borg, que vai de 0 a 10, sendo 0 o repouso e 10 o maior esforço.
Essa é uma forma simples e confiável de medir o nível de esforço. Ela é muitas vezes usada junto com o monitoramento da Frequência cardíaca ou outras medidas.
Frequência Cardíaca
O monitoramento da Frequência Cardíaca durante o exercício é baseado na relação linear que ela tem com a taxa de consumo de oxigênio. Ou seja, quando a frequência cardíaca aumenta, o consumo de oxigênio aumenta proporcionalmente.
Em muitos casos, a frequência cardíaca é usada para determinar zonas de treinamento, ou seja, para se determinar qual o nível de esforço que é esperado do atleta ao longo da atividade.
Impulso de treino (TRIMP)
O impulso de treino (TRIMP) foi originalmente descrito por Banister, sendo calculada usando a duração do treinamento e a FC máxima, de repouso e média durante a sessão de exercício.
Atualmente, existem diversas derivações desse modelo, que consideram o tempo dentro de zonas específicas de frequência cardíaca.
Idealmente, essas zonas de treino devem ser determinadas individualmente por meio de testes específicos
O TRIMP é calculado após cada treino, com base na frequência cardíaca e duração da sessão de treino, e é afetado pelos parâmetros físicos, repouso, frequência cardíaca máxima e género.