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Cafeína

O que é a cafeína?

A cafeína é uma droga estimulante do Sistema Nervoso Central capaz de fornecer um aumento temporário de energia, memória e concentração.

Por outro lado, ela não é segura para todos e pode causar efeitos colaterais significativos.

A cafeína é uma das substâncias mais populares nos Estados Unidos, onde 85% das pessoas consumem ao menos uma bebida contendo cafeína diariamente (1).

Pessoas que consomem cafeína diariamente podem desenvolver dependência. Isso pode acontecer mesmo com consumo tão baixo quanto uma única xícara de café por dia.

Essa dependência também pode levar a sintomas de abstinência quando se interrompe repentinamente o consumo de cafeína.

Quais as fontes da Cafeína?

A cafeína está presente naturalmente no café, no guaraná ou no chá.

Além disso, ela pode ser adicionada a produtos industrializados, como refrigerantes, chocolates, bebidas energéticas e barras energéticas.

Algumas medicações também podem incluir a cafeína em sua composição.

Por fim, a cafeína também está disponível na forma de suplemento alimentares. Estes suplementos podem ser produzidos a partir de fontes naturais ou sintéticas.

A quantidade de cafeína nos suplementos varia dependendo da marca. Mas, geralmente, varia entre 100 a 200 miligramas por comprimido.

Isso é mais do que na maioria das xícaras de café, mas menos do que em algumas bebidas energéticas.

Para referência, a Food and Drug Administration Trust Source (FDA) estima que os níveis de cafeína em produtos comuns são os seguintes (1):

  • 250mL de chá contém entre 30 e 50 miligramas de cafeína;
  • 250mL de café contém entre 80 e 100 mg de cafeína
  • 250 mL de bebida energética contém entre 40 e 250 mg de cafeína.

Quais os efeitos colaterais da Cafeína?

O consumo de até 400 mg por dia de café é bem tolerado pela maior parte das pessoas sem efeitos colaterais significativos (1).

Em quantidades maiores, os efeitos colaterais tornam-se mais comuns, podendo incluir:

  • Ansiedade e nervosismo;
  • Diarreia,
  • Tontura,
  • Dor de cabeça,
  • Azia,
  • Náusea,
  • Tremores,
  • Problemas de sono,
  • Sede
  • Aumento da pressão Arterial.

Além disso, quantidades extremamente altas de cafeína podem causarsintomas como:

  • Arritmias cardíacas;
  • Desorientação;
  • Tontura;
  • Vômitos.

Algumas pessoas são mais sensíveis aos efeitos da cafeína e podem ter reações adversas com doses relativamente baixas.

A cafeína é muito utilizada por pessoas que fazem viagens prolongadas e precisam estar bem dispostas o mais rápido possível após chegar ao destino,

O ideal, nestes casos, é que os Suplementos de Cafeína não sejam utilizados pela primeira vez durante a viagem, quando os efeitos colaterais podem ser mais difíceis de serem manejados.

Quem não deve usar a Cafeína?

O excesso de cafeína deve ser evitado especialmente em certos grupos:

  • Mulheres gestantes ou que estejam amamentando;
  • Pessoas com Hipertensão Arterial, outras doenças cardiovasculares ou refluxo
  • gastroesofágico;
  • Crianças e adolescentes;
  • Pessoas com histórico de enxaqueca.

Benefícios da cafeína

Entre os potenciais benefícios da cafeína, devemos considerar:

  • Melhora o estado de alerta e concentração para o trabalho ou estudo;
  • Melhora no desempenho esportivo: devido à melhora na coordenação, foco e concentração e pela diminuição da dor e da sensação de fadiga. Os efeitos são maiores para as atividades intensas e prolongadas.
  • Perda de peso: a cafeína é a mais conhecida substância termogênica, um grupo de substâncias que aumenta o metabolismo energético, levando a um maior gasto calórico ao longo do dia. O efeito termogênico da cafeína pode ser responsável pela perda de até meio quilo de peso corporal por mês.

Cafeína no esporte

As maiores evidências de benefícios com a cafeína na prática esportiva estão relacionadas a esportes de moderada a longa duração. Isso porque a fadiga e a perda da concentração costumam ser mais limitantes para o desempenho nestas modalidades..

Os efeitos são mais perceptíveis no esporte de alto rendimento, onde pequenos ganhos podem fazer bastante diferença e onde os efeitos da fadiga e concentração são mais determinantes para o resultado.

Ainda assim, os resultados não são uniformes. A maior parte dos médicos do esporte, nutricionistas esportivos e fisiologias concordam com o potencial benefício da cafeína.

Entretanto, estes benefícios não são uniformes e dependem de fatores como genética, esporte praticado, nível competitivo e hábito de consumo da cafeína.

Estudo recente mostrou melhora do desempenho de cerca de 2% no tempo para uma milha (1,6 quilómetros) com a ingestão de cafeína entre 45 e 60 minutos antes da corrida, em comparação com a ingestão de placebo (1).

Em outro estudo, o consumo de 3mg de café por quilo de peso corporal melhorou a performance de ciclistas de elite em uma prova de 5km. A melhora foi em média de 9 segundos para os homens e de 6 segundos para as mulheres (1).

No caminho contrário, outro estudo não foi capaz de demonstrar melhora do desempenho esportivo com o consumo da cafeína antes de uma prova de 800m rasos no atletismo (1).

Como referência, a Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva publicou um posicionamento relacionado ao uso da cafeína no esporte, listando sete pontos a este respeito (1):

1. A cafeína é eficaz para melhorar o desempenho esportivo em atletas treinados quando consumida em dosagens baixas a moderadas (entre 3 e 6 mg por quilograma de peso corporal). Em geral, o  consumo de dosagens mais altas (≥ 9 mg / kg) não resulta em ganho extra de desempenho.

2. A cafeína exerce um efeito ergogênico maior quando consumida no estado anidro em comparação com o café.

3. A cafeína pode aumentar a vigilância durante sessões de exercícios extensos e exaustivos, bem como períodos de privação de sono prolongada.

4. A cafeína é ergogênica para exercícios de resistência máxima sustentada. Ela também tem se mostrado altamente eficaz para desempenho em contra-relógio.

5. A suplementação de cafeína é benéfica para exercícios de alta intensidade, incluindo esportes de equipe como futebol e rugby. Estasmodalidades são classificadas como exercício intermitente de duração prolongada.

6. A literatura é ambígua ao considerar os efeitos da suplementação de cafeína no desempenho de força e potência, de forma que pesquisas adicionais são necessárias.

7. A literatura científica não apóia a diurese induzida por cafeína durante o exercício, ou qualquer ação que prejudique o equilíbrio de fluidos.

Cafeína e doping

Até final do ano de 2003, a cafeína fazia parte da lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Anti-Doping (WADA), na classe de estimulantes.

O limite estipulado para caso positivo de doping era de 12μg/mL de cafeína na urina.

Contudo, desde o ano de 2004 a cafeína foi retirada da lista de substâncias proibidas e incluída junto com outras substâncias em um programa de monitoramento.

Com isso, ela continua sendo dosada, com o objetivo de identificar como ela está sendo usada. Isso poderá levar à reinclusão da cafeína na lista substâncias proibidas no futuro.