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Artrite Idiopática Juvenil

O que é a Artrite Idiopática Juvenil?

A Artrite Idiopática Juvenil envolve um conjunto de condições caracterizadas pela inflamação articular crônica na infância.

Para ser caracterizada como Artrite Idiopática Juvenil, a inflamação precisa ter início antes dos 16 anos de idade e ter duração superior a 6 semanas.

Ela pode envolver uma ou várias articulações. Dependendo da causa, pode envolver também outros sintomas além da inflamação articular.

Artrite Idiopática Juvenil oligoarticular X poliarticular X Sistêmica

A Artrite Idiopática Juvenil pode ser dividida em três tipos:

Artrite Idiopática Juvenil Oligoarticular
A Artrite Idiopática Juvenil oligoarticular é aquela que envolve menos de cinco articulações.
Ela é mais comum em meninas do que em meninos.
Crianças mais jovens (menores de sete anos) tendem a evoluir melhor, com maior probabilidade de recuperação dos sintomas com o crescimento. No entanto, o risco de evoluir com inflamação extra articular, especialmente a inflamação nos olhos (irite ou uveíte) é maior.
As crianças mais velhas, por sua vez, apresentam maior risco para desenvolver um quadro prolongado até a idade adulta.

Artrite Idiopática Juvenil poliarticular
A Artrite Idiopática Juvenil Poliarticular afeta cinco ou mais articulações.
Aquelas diagnosticadas durante a adolescência apresentam maior probabilidade de evoluírem com a forma adulta da Artrite Reumatoide.

Artrite Idiopática Juvenil Sistêmica
A artrite Idiopática Juvenil Sistêmica afeta cerca de 10% das crianças com artrite. Ela se inicia com quadros recorrentes de febre, muitas vezes acompanhadas por uma erupção cutânea recorrente.
Os órgãos internos também podem ser acometidos e o inchaço das articulações pode não aparecer até meses ou mesmo anos após o início das febres.
Por outro lado, a A artrite pode persistir mesmo após o desaparecimento das febres e dos outros sintomas.

Diagnóstico

O diagnóstico da Artrite Idiopática Juvenil é feito com base no quadro clínico do paciente.

Não existem exames de sangue que confirmem esta condição.

Adultos com artrite reumatóide geralmente têm um exame de sangue de fator reumatóide positivo, mas a maior parte das crianças apresentam fator reumatoide negativo.

Tratamento

O objetivo geral do tratamento é controlar os sintomas, prevenir danos nas articulações e manter a função.

Quando apenas algumas articulações estão envolvidas, o tratamento costuma ser iniciado com o uso de corticoides intra-articulares.

Corticoides orais podem ser usados ​​em certas situações, mas apenas por um curto período de tempo e na menor dose possível. O uso prolongado destes medicamentos está associado a efeitos colaterais como ganho de peso, retardo de crescimento, osteoporose, catarata, Hipertensão Arterial e risco aumentado de infecção.

Medicamentos modificadores da doença, comumente chamados de DMARDs, são adicionados como tratamento de segunda linha quando a artrite envolve muitas articulações ou não responde às injeções de corticoides nas articulações.